O capitão da Nigéria, William Troost-Ekong, disse que o avião deveria pousar no aeroporto de Benghazi, mas foi desviado para Al Abraq, a cerca de 220 quilômetros de distância. "O governo líbio proibiu nosso pouso aprovado em Benghazi sem motivo", afirmou Troost-Ekong no X. "Eles trancaram os portões do aeroporto e nos deixaram sem telefone, comida ou bebida. Tudo por jogos mentais."
O confronto entre Líbia e Nigéria está programado para esta terça-feira. O jogo de ida foi vencido pela Nigéria por 1 a 0 na sexta-feira. Na ocasião, a Líbia fez acusações semelhantes de sabotagem. "Como capitão, juntamente com a equipe, decidimos que não vamos disputar este jogo", acrescentou Troost-Ekong.
A Federação Líbia de Futebol lamentou o episódio. "É essencial observar que tais incidentes podem ocorrer devido a protocolos rotineiros de controle de tráfego aéreo, verificações de segurança ou desafios logísticos que afetam as viagens aéreas internacionais", afirmou.
Fotos postadas pelos jogadores nigerianos mostram alguns deles deitados em assentos de aeroporto, com suas bagagens ao lado e sem outros passageiros à vista. O atacante Victor Osimhen, do Galatasaray, que não foi convocado após uma lesão muscular, acusou a federação da Líbia em uma postagem no Instagram de uma "tática intencional para enfraquecer e arruinar o moral" dos nigerianos. "Está começando a parecer mais uma situação com reféns", escreveu. "Devem voltar para casa em segurança. Não somos criminosos ou prisioneiros."
Entre os jogadores da seleção nigeriana estão Ademola Lookman, que marcou três gols pela Atalanta na final da Liga Europa e concorre à Bola de Ouro, e Victor Boniface, atacante do Bayer Leverkusen. Ola Aina e Taiwo Awoniyi (Nottingham Forrest), Calvin Bassey e Alex Iwobi (Fulham) e Wilfred Ndidi (Leicester) também integram a delegação.
A seleção líbia acusou a Nigéria de maus-tratos antes da partida de sexta-feira, o que foi negado pela Federação Nigeriana. O capitão da Líbia, Faisal Al-Badri, afirmou que o time foi mandado "de uma cidade para outra" por três horas após suas malas serem revistadas e antes de ser transportado por rodovia até a cidade onde a partida foi disputada. "Não foi a primeira vez que somos maltratados e expressamos a necessidade de reciprocidade", disse Al-Badri.
O ministro do Esporte da Nigéria, John Owan Enoh, disse ter instruído a federação de futebol a enviar uma queixa formal à confederação continental. "Isso deve ser registrado e completamente abordado", afirmou Enoh em um comunicado.