Esportes

Alvinegro vai pra Buenos Aires de bicicleta

José Marcelo, torcedor do Fogão, abre mão de viajar de avião para pedalar até a Argentina, onde vai assistir à final da Libertadores, dia 30, no Monumental de Nuñez

Por Hugo Perruso

Publicado às 17/11/2024 00:00:00 Atualizado às 17/11/2024 00:00:00

José Marcelo uniu duas paixões para ir em busca da Glória Eterna. O torcedor do Botafogo, de 43 anos, iniciou na segunda-feira uma aventura de bicicleta que passará por três países até chegar a Buenos Aires, onde assistirá à final da Libertadores, em 30 de novembro, contra o Atlético-MG.

E não é promessa. José Marcelo, que é autônomo, teve a opção de ir de avião, oferecida por um flamenguista que já tinha comprado passagens de ida e volta. Mas optou por fazer o cicloturismo e vai ao lado de dois amigos, que não são botafoguenses e planejaram a viagem antes do Glorioso se classificar para a decisão.

"Poder conciliar a paixão pelo Botafogo e pela bike, realmente...Teve gente que me chamou de louco (risos). Tenho certeza de que vai ser melhor assim", disse o torcedor, acreditando que a travessia passará dos 1.000 km.

"Meu irmão é flamenguista e tem um grupo com pessoas que compraram bem antes a passagem aérea, porque é mais barata. Como o Flamengo não chegou à final, houve a possibilidade de me repassar. Eu já tinha fechado com os meus amigos e de bike é melhor (risos), então resolvi ir assim", explicou.

Bagagem com item especial

Ele saiu de ônibus da Região dos Lagos do Rio, na segunda, e viajou até Porto Alegre, onde começou o trajeto de bicicleta na quinta-feira. Nos dois primeiros dias, fez cerca de 220 km. E passará por regiões do Uruguai e da Argentina, com previsão de 16 dias de pedaladas.

Além da bandeira do Botafogo, companheira das viagens, a bagagem contará ainda com uma camisa especial, confeccionada para essa aventura. Ela leva os nomes do pai, Viriato, e do tio, João, os responsáveis por passar o amor pelo Glorioso e que já não podem ver esse momento histórico.

Marcelo encontrou essa forma de homenageá-los e deixá-los presentes na arquibancada. Para isso, levará a camisa para o Estádio Monumental de Nuñez, palco da final da Libertadores.

"Eles eram botafoguenses fanáticos. Até os 18 anos morei em Niterói e assistia a todos os jogos do Botafogo no Caio Martins, fora os treinos. Fiz a camisa pra comemorar esse momento. Tem uma frase numa faixa que dizia 'campeão ou não, és eterna paixão' e é isso. É o legado do meu pai e do meu tio que estou levando", contou.

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