O Brasil, a América, o mundo. Tal qual um desbravador do futebol moderno, o Botafogo quer conquistar novas taças e ampliar seu domínio em outros territórios. A expedição ao Oriente Médio, em busca do título mundial, começa hoje, no Estádio 974, em Doha, no Catar. A batalha contra o Pachuca, do México, às 14h (de Brasília), vale não só uma vaga à semifinal como também o troféu do Dérbi das Américas, duelo entre os campeões da Libertadores e da Copa Concacaf.
A relíquia mais cobiçada, porém, é a da Copa Intercontinental — a mesma entregue aos campeões do antigo Mundial de Clubes — dia 18, contra os espanhóis do Real Madrid, no Estádio Lusail. Antes, porém, a obrigação é passar pelo Pachuca para não morrer na praia. Feito isso, a nova batalha será no sábado, contra o Al-Ahly, time egípcio que se classificou ao vencer a Copa África-Ásia-Pacífico, valendo a Copa Challenger.
Campeão brasileiro e da Libertadores, o Fogão terá um adversário extra: o cansaço físico. Afinal, a delegação enfrentou 14 horas de viagem até o Catar, onde chegou na noite de segunda-feira, e fez apenas um treino leve, ontem, de reconhecimento do gramado no estádio 974. O Pachuca, descansado, está em Doha desde sexta.
Sem o zagueiro Bastos, lesionado (Adryelson joga), e com Mateo Ponte na vaga de Vitinho, machucado, o técnico Artur Jorge vai optar por quem está mais descansado ou melhor fisicamente no duelo contra o time mexicano. Sem, no entanto, abrir mão da espinha dorsal que tem levado o Glorioso a desbravar mares nunca dantes navegados. Com conquistas históricas.
Já o Pachuca, que não entra em campo desde 9 de novembro, quando caiu para o Juarez, na Liga Mexicana, tem na Copa Intercontinental a chance de superar a eliminação precoce. É bom ficar de olho em Bryan González, Alfonso González, Berlanga e Rondón, parceiro de seleção de Savarino na seleção venezuelana.