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'Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece'

Por Meia Hora

Publicado às 03/03/2025 00:00:00 Atualizado às 03/03/2025 00:00:00

Embarque nesse trem da ilusão

Não tenha medo de se entregar

Pois nosso maquinista é capitão

E comanda a legião que vem lá do Boulevard

O breu e o susto em meio a floresta

Por entre os arbustos, quem se manifesta?

Cara feia pra mim é fome

Vá de retro lobisomem

Curupira sai pra lá

No clarão da Lua cheia

Margeando rio abaixo

Ouço um canto de sereia

Ê caboclo d'água

Da água que me assombra

A sombra da meia noite

Foi-se a noite de luar (oi)

Na tempestade, encantada é a gaiola

Chora viola, pra alma penada samba

Nas redondezas credo em cruz, Ave Maria

Nas redondezas credo em cruz, Ave Maria

Quanto mais samba tocava, mais defunto aparecia

Quanto mais samba tocava, mais defunto aparecia

Silêncio

Ao som do último suspiro vai chegar

A batucada suingada de vampiros

Quando o apito anunciar

Eu aprendi que desde os tempos de criança

A minha Vila sempre foi bicho papão

Por isso, me encantei com esse feitiço

Que hoje causa reboliço arrastando a multidão

Solta o bicho, dá um baile de alegria

É o povo do samba virado na bruxaria

O caldeirão vai ferver, eu quero ver segurar

Não tem jeito, a Vila vai te pegar

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