Rio - A passagem, curta, mas intensa, de Seedorf no Botafogo parece ter sido marcante para o holandês. Depois de atuar no Glorioso entre 2012 e 2013, o atacante se aposentou dos gramados e virou treinador. Em entrevista ao podcast “The Home of Football“, o jogador contou sobre sua vinda ao Alvinegro.
"Seis meses antes de sair do Milan recebi uma grande proposta da China, que recusei. Foi o fim de uma era no Milan, mas entendi que era momento para novos desafios. Fui a Los Angeles e encontrei com David Beckham, que estava no Galaxy, fiquei por dez dias para treinar e o técnico me pediu para que eu falasse com o presidente, queria que eu ficasse. Mas o Brasil sempre esteve muito perto do meu coração, tem um nível muito bom de campeonato, que era o que eu estava procurando também", explicou Seedorf, que ainda falou sobre o sentimento de atuar no país:
"Trouxe-me aos tempos de quando eu voltava para casa dos campeonatos e era eleito o melhor jogador do torneio ou artilheiro, quando ia para a casa da minha mãe. Esse sentimento voltou, eu fui o artilheiro do time, isso era normal quando eu era jovem, foi realmente muito bom. Nas últimas temporadas no Brasil curti muito construir jogadas, driblar, atuar em pressão alta, adorei jogar assim, na posição que sempre gostei mais de atuar", concluiu.
Depois de um pouco mais de um ano atuando pelo Botafogo, Seedorf pendurou as chuteiras e aceitou o convite do Milan para ser seu treinador. Na entrevista, o atacante revelou que já havia dado a palavra ao então dono do clube, Silvio Berlusconi.
"Não houve processo. Quando deixei o Milan, conversei com Berlusconi e agradeci-o por todos esses anos, e ele me falou para ir, ter experiência, começar a olhar jogadores e, quando estivesse pronto, voltasse para ser o treinador do Milan. Foi assim que eu saí do Milan. Ninguém sabia que em dois anos eu voltaria, não foi planejado. Quando ele me chamou, eu não poderia dizer não. O Milan foi minha casa por 10 anos. A decisão foi naturalmente rápida", afirmou Seedorf.