Rio - A estreia do time principal do Flamengo no Campeonato Carioca, neste domingo (15), às 18h, contra a Portuguesa, no Maracanã, marcará o início de um novo ciclo para Gabigol. Após 210 jogos, 133 gols e 11 títulos pelo clube da Gávea utilizando o número 9 nas costas, o ídolo rubro-negro passará a escrever uma nova história a partir de 2023, desta vez com a histórica camisa 10.
Antes de Gabigol, quem tinha a responsabilidade de vestir a camisa 10 do Flamengo era Diego Ribas. Primeira grande contratação do clube após a reestruturação, o ex-meia chegou a vestir a 35 em 2016, seu primeiro ano no time carioca, já que o tradicional número estava com Ederson naquela época. No ano seguinte, com a saída do companheiro, Diego assumiu a 10 e permaneceu com ela ao longo das últimas seis temporadas. No fim do ano passado, ele se despediu dos gramados e, simbolicamente, entregou a camisa 10 a seu novo dono.
Além de Diego, Gabigol poderá se inspirar em um hall de grandes jogadores que já vestiram a camisa 10 do Flamengo ao longo de toda história. O DIA listou alguns dos nomes que, assim como o atacante, tiveram a responsabilidade de carregar o número histórico e marcaram época.
ZICO
Maior ídolo da história do Flamengo, Zico foi o grande responsável por imortalizar a camisa 10 do clube. Nos anos 80, o Galinho liderou a geração que conquistou títulos inesquecíveis para a torcida rubro-negra, como a Libertadores e o Mundial de 1981, além dos Brasileiros de 1980, 1982, 1983 e 1987.
A idolatria dos rubro-negros por Zico é tão grande que Gabigol pediu "autorização" ao Galinho para passar a usar a camisa 10. Com o aval do craque, o artilheiro topou assumir o número. Na última sexta-feira, em uma rede social, Gabigol chegou a prometer que dedicará seu primeiro gol com a 10 a Zico.
DIDA
Craque do Flamengo nas décadas de 50 e 60, Dida foi outro a marcar época com a camisa 10. É o segundo maior artilheiro da história do Rubro-Negro, com 264 gols em 358 jogos, atrás apenas de Zico. Com a camisa do time carioca, conquistou quatro vezes o Campeonato Carioca e o Torneio Rio-São Paulo de 1961.
EVARISTO DE MACEDO
Um dos primeiros brasileiros a atuar na Europa, Evaristo de Macedo vestiu a camisa 10 do Flamengo entre 1953 e 1957. Antes de seguir para o velho continente, ele brilhou atuando pelo Rubro-Negro e ainda escolheu o time carioca para encerrar sua carreira, em 1965. Somando as duas passagens, foram 103 gols em 191 partidas.
PETKOVIC
Um dos grandes ídolos da história recente do Flamengo, Petkovic marcou época vestindo a camisa 10 no início dos anos 2000. O sérvio entrou para a história ao marcar um golaço de falta na final do Campeonato Carioca, aos 43 minutos do segundo tempo, contra o Vasco, em 2001, que deu o tricampeonato ao clube da Gávea. Em 2009, Pet voltou ao Flamengo por conta de um acordo relacionado à uma dívida antiga do clube com ele. Poucos meses depois, o meia virou titular no time de Andrade e foi fundamental na conquista do Brasileiro daquele ano, mas desta vez vestindo a camisa 43, em alusão ao gol mais marcante de sua carreira.
ADRIANO IMPERADOR
Outro grande protagonista da conquista do Brasileiro de 2009 foi Adriano Imperador. De volta ao clube que o revelou após fazer história na Europa, o atacante foi o artilheiro daquele campeonato, com 19 gols. Na época de seu retorno, o Flamengo chegou a realizar uma enquete com os torcedores para saber qual camisa ele deveria usar e a 9 foi a vencedora. No entanto, mesmo após o resultado, o Imperador decidiu que o número 10 seria o que o acompanharia em sua segunda passagem pela Gávea.
RONALDINHO GAÚCHO
Ronaldinho Gaúcho foi, sem dúvidas, uma das contratações mais impactantes da história do Flamengo. Em 2011, o Rubro-Negro venceu a disputa com Grêmio e Palmeiras e passou a contar em seu elenco com o craque, eleito melhor do mundo pela Fifa em 2004 e 2005. Apesar de ter conquistado apenas um Carioca, o Bruxo teve bons momentos no clube, como a brilhante atuação na vitória histórica de 5 a 4 sobre o Santos de Neymar, na Vila Belmiro, no ano de sua chegada. Em maio de 2012, deixou o clube com 72 jogos disputados e 21 gols marcados.