J10 revisita as origens de Luiz Henrique, estreante da noite pela Seleção

J10 revisita as origens de Luiz Henrique, estreante da noite pela Seleção
J10 revisita as origens de Luiz Henrique, estreante da noite pela Seleção -

Aos 23 anos, Luiz Henrique vive, nesta sexta-feira (6), a partir de 22h, o dia mais importante da carreira. Após figurar entre os convocados para a Seleção Brasileira e realizar o sonho do pai, Luiz Carlos da Silva (morto em 2022), o astro do Botafogo deve estrear pela Canarinho e começar a partida contra o Equador, no Couto Pereira, como titular. O Jogada10 pegou, então, o túnel de tempo para revisitar as origens do Pantera Negra antes da partida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Quem vai nos conduzir nesta pequena viagem é o técnico Igor Guerra. Com olhar clínico, ele acompanhou, de perto, os primeiros passos do camisa 7 com a bola nos pés, linguagem universal de todo garoto que almeja chegar longe.

A história futebolística de Luiz Henrique começa em Xerém, distrito de Duque de Caxias (RJ), onde o Fluminense costuma lapidar suas joias. O atacante da Seleção despontou rápido, sendo monitorando desde quando ainda era criança.

“Meu primeiro contato com o Luiz Henrique foi pouco após minha chegada no Fluminense, em abril de 2012. Ele estava no grupo principal do sub-11, equipe da qual eu era o treinador. Por indicação do Marcelo Veiga, então técnico do sub-20, fizemos um teste. Veiga o tinha observado em uma escolinha, em Petrópolis. Um garoto tímido e com dificuldade de se expressar. Só ficava à vontade quando estava jogando bola”, reportou Igor Guerra à reportagem do J10.

Luiz Henrique, o destemido da Seleção

Neste contexto, coube ao técnico, com passagens por grandes clubes na base, identificar as características de Luiz Henrique bem antes dos torcedores de Fluminense e Botafogo. Aliás, oito anos da estreia do Pantera no profissional (na ocasião, ele substituiu o meia veterano Nenê, em um jogo contra o Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro).

“Na época, o que mais me chamou a atenção foi a habilidade. É um jogador que arrisca sempre o drible e vai muito bom no mano a mano. Tem uma passada bem larga e a facilidade de mudar de ritmo. Não tem medo de tentar”, lembrou.

Margem para a evolução

Apesar de não estar mais no convívio, Guerra não costuma perder de vista os meninos com os quais trabalhou nas categorias de base pelo Brasil. Volta e meia, aliás, envia mensagens. Com Luiz Henrique não poderia ser diferente. Ver o Pantera na Seleção Brasileira o enche de alegria e o convence sobre a certeza de sua assinatura na formação do atacante.

“Considero Luiz Henrique merecedor desta oportunidade por sua fase no Botafogo. Ele tem qualidade para permanecer na Seleção Brasileira e ser chamado outras vezes pelo Dorival Júnior. Posso afirmar que vai evoluir ainda mais até chegar ao auge. É um jovem promissor e com um futuro muito interessante”, define o ex-treinador da base do Fluminense.

Botafogo, a melhor decisão

Em 2023, Luiz Henrique deixou todo mundo boquiaberto ao, bem jovem, trocar as perspectivas de seguir no futebol europeu pelo retorno ao Brasil. O tempo, contudo, provou que o atacante tomou a decisão correta ao sair do Betis (ESP) e vestir a camisa do Botafogo. Protagonista, o Pantera mostrou ao mundo do futebol que o Mais Tradicional é uma baita vitrine.

“As SAFs deixaram os clubes mais atraentes. O Botafogo, que é um caso especial, faz parte de um grupo de clubes internacionais que encurtam o caminho de volta para o futebol europeu. O Botafogo, hoje, tem estrutura e visibilidade. Luiz Henrique tomou uma decisão excelente. Tanto que conseguiu uma convocação. Tem, portanto, muito potencial de algum dia vestir a camisa de um gigante da Europa”, entende Igor Guerra.

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