Paiva estimula concorrência em três posições no Botafogo

Paiva estimula concorrência em três posições no Botafogo
Paiva estimula concorrência em três posições no Botafogo -

Taxativo, Renato Paiva já avisou. Ninguém será titular do Botafogo apenas com o nome. No último sábado (5), no Estádio Nilton Santos, o treinador do Botafogo reforçou a crença na meritocracia e avaliou as opções com as quais dispõe para diferentes posições. Com o material que tem à disposição, o técnico português já começa, neste início de trabalho, a estimular a concorrência dentro do próprio elenco do Mais Tradicional. É aquele velho chavão do futebol. “A boa dor de cabeça” para a comissão técnica.

Findada a vitória sobre o Juventude por 2 a 0, no Colosso do Subúrbio, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, algumas dúvidas podem pairar sobre a cabeça do treinador lusitano. Uma em cada setor do campo, com cenários bem distintos. Confira abaixo os principais duelos atuais no plantel alvinegro.

Vitinho x Ponte

A disputa mais acirrada está na lateral direita do Botafogo. Vitinho tem um início de temporada promissor, destacando-se, sobretudo, nos aspectos defensivos. Ele, por exemplo, é um dos raros jogadores que se salvaram na derrota para a Universidad de Chile por 1 a 0, em Santiago, pela primeira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores.

Ponte, por sua vez, entrou contra o Juventude, marcou o segundo gol e mostrou mais contundência ofensiva. Quem sai na frente? O tempo vai responder. Contudo, os dois, com perfis diferentes, satisfizeram os anseios de Paiva. O Botafogo ainda busca, no mercado interno, outro nome para a posição.

“Ponte é um exemplo de jogador que faz parte de um grupo fantástico. Ainda não tinha minutos, mas não protestou e sempre se colocou à disposição. O Vitinho começou melhor. Vi que não tinha que mudar. Porém, ao ser chamado Ponte, respondeu. Trabalhou sério, não ficou de cara feia. Me deu indicações que estava pronto. Ali, pela direita, é mais um lugar que a disputa vai fazer crescer os dois”, prevê o treinador da Estrela Solitária.

De Paula x Savarino

Os dois começaram a partida contra o Juventude como titulares. Patrick De Paula como o último homem de meio de campo. Savarino, aberto pela esquerda. O primeiro, pelo segundo encontro consecutivo, não rendeu e foi sacado com até algumas vaias do público, no Engenho de Dentro. Já o venezuelano, deslocado para o meio, cresceu de rendimento, apesar de não estar 100%. A melhora ofensiva do Botafogo, contra o Juventude, no segundo tempo, passou por esta mudança.

Neste sentido, se Sava vem para o meio, o camisa 6 deve rodar. Curiosamente, De Paula se firmou como titular e ganhou a posição de meia de ligação justamente quando Saravino não estava presente. É outro “confronto” que Paiva não crava um favorito.

“Tenho o Savarino e o Patrick na posição 10. Preciso me preparar para colocar ali alguém caso o Savarino não possa jogar. Vejo que o PK tem condições para exercer a função, embora com poucas apresentações por ali na sua carreira. Ele tem a capacidade de ver o jogo de frente da chegada. Mas eu também quero estimulá-lo para coisas novas, porque teve uma fase muito boa, depois, uma fase pior. Gosto de recuperar jogadores com qualidade. Quero estimulá-lo para poder jogar ali, sabendo que ele pode jogar mais atrás. E, claro, sabendo que o Savarino também me dá esta opção”, emendou o treinador.

Jesus x Mastriani

Por fim, a última briga reside na referência de área. Desta vez, Renato Paiva tem poucas ferramentas para formar uma opinião sobre o “9”, pois Mastriani, recém-chegado, jogou poucos minutos no confronto contra o Juventude, enquanto Igor Jesus saiu-se muito bem no fim de semana e retomou o protagonismo de outros tempos. Entretanto, o centroavante uruguaio deve começar entre os titulares contra o Carabobo, nesta terça-feira (8), no Nilton Santos, pela segunda jornada do Grupo A da Copa Libertadores. Por isso mesmo, como o próprio Paiva disse, a dor de cabeça não é dele, e sim de Igor Jesus, expulso contra a La U.

Além dos dois, ainda há Rwan correndo por fora. Este, todavia, terá mais trabalho para convencer o chefe.

“Temos três camisas 9. O Rwan esteve praticamente uma semana fora do Brasil para tratar de problemas pessoais. Ele veio de um campeonato diferente e precisa de uma adaptação diferente. O Mastriani, não. Para além dos seus 30 e poucos anos, já tem mais de duas temporadas no Brasil, com muitos bons números. Com sua experiência, já conhece o jogo. Igor é um jogador de Seleção Brasileira. Tenho nos meus sistemas táticos um conceito de que o meu 9, se é 9, se é finalizador, se é centroavante, tem que estar na zona onde ele de fato é efetivo. Ou, pelo menos, passar lá muito tempo”, definiu o treinador português do Mais Tradicional.

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