O Vasco e o futebol carioca perderam um dos grandes nomes de sua história. Maior artilheiro do Gigante da Colina, onde é o principal ídolo, do Brasileirão e do Campeonato Carioca, Roberto Dinamite morreu neste domingo (8), aos 68 anos, vítima de um câncer no intestino.
Dinamite fazia tratamento contra um câncer no intestino desde dezembro de 2021, quando passou por uma cirurgia para desobstrução do órgão. Sua saúde foi se deteriorando ao longo de 2022. Em agosto, ele ficou internado para a retirada de bolsa de ileostomia. Em junho, ele também ficou alguns dias no hospital em função de uma infecção bacteriana.
No mês de novembro, o ex-jogador voltou a ficar internado no hospital e um vídeo dele, muito magro e andando pelos corredores assustou os torcedores. No sábado, ele teve piora em seu quadro e foi internado, no hospital da Unimed, onde morreu neste domingo.
Em abril, o maior ídolo do Vasco foi homenageado com a inauguração de uma estátua em São Januário.
O apelido Dinamite
Dinamite fazia tratamento contra um câncer no intestino desde dezembro de 2021, quando passou por uma cirurgia para desobstrução do órgão. Sua saúde foi se deteriorando ao longo de 2022. Em agosto, ele ficou internado para a retirada de bolsa de ileostomia. Em junho, ele também ficou alguns dias no hospital em função de uma infecção bacteriana.
No mês de novembro, o ex-jogador voltou a ficar internado no hospital e um vídeo dele, muito magro e andando pelos corredores assustou os torcedores. No sábado, ele teve piora em seu quadro e foi internado, no hospital da Unimed, onde morreu neste domingo.
Em abril, o maior ídolo do Vasco foi homenageado com a inauguração de uma estátua em São Januário.
O apelido Dinamite
Carlos Roberto de Oliveira nasceu em 13 de abril de 1954, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Inicialmente conhecido apenas como Roberto, virou Dinamite em 25 de novembro de 1971.
Naquele dia, o garoto de 17 anos fez um dos seus 708 gols que marcou pelo Vasco na vitória por 2 a 0 sobre o Internacional, no Maracanã. O chute muito forte, que viria a se tornar sua principal marca, chamou a atenção do Jornal dos Sports, que no dia seguinte fez a manchete: 'Garoto-dinamite explodiu'. O apelido pegou e fez história não apenas no Vasco como no futebol mundial.
Recordes e títulos
Maior ídolo do Vasco, Roberto Dinamite jogou 1.110 partidas pelo clube entre as décadas de 70, 80 e 90. Além das marcas pessoais de maior artilheiro e jogador que mais vezes vestiu a camisa vascaína, ele ajudou na conquista do primeiro título do Campeonato Brasileiro, em 1974, além de cinco Campeonatos Cariocas 1977, 1982, 1987, 1988 e 1992.
Dinamite estreou pelo Vasco em 14 de novembro de 1971, contra o Bahia pelo Campeonato Brasileiro e já marcou o primeiro gol. Jovem, já se tornou um símbolo daquele time que iria fazer história.
Com suas atuações e gols, Dinamite foi convocado para a Copa do Mundo de 1978 e foi o artilheiro da equipe na campanha na Argentina.
Saída para o Barcelona e retorno ao Vasco
Após nove temporadas com títulos e gols, Dinamite se transferiu para o Barcelona no início de 1980. Entretanto, como o clube catalão vivia uma crise, não ficou por muito tempo e retornou ao Vasco três meses depois.
Nessa época, chegou a estar acertado com o rival Flamengo, mas o então diretor de futebol Eurico Miranda conseguiu o convencer a retorno ao clube onde era ídolo.
Em sua reestreia diante da torcida no Maracanã - e segundo jogo desde o retorno -, Dinamite se tornou o primeiro jogador a fazer cinco gols em uma partida do Campeonato Brasileiro: na goleada por 5 a 2 sobre o Corinthians.
Voltou a disputar uma Copa do Mundo na histórica Seleção de 1982, mas ficou na reserva de Serginho Chulapa, fato que muitos torcedores criticam Telê Santana até hoje.
Despedida
Foram mais 12 anos seguidos jogando pelo Vasco, com exceção de curtos empréstimos à Portuguesa-SP, em 1989, e ao Campo Grande-RJ, em 1991, até se despedir do clube, já como maior ídolo, em 1992.
Dinamite ainda teve um jogo de despedida da carreira, em 1993, em amistoso entre Vasco e La Coruña. A partida teve a participação de Zico, rival e amigo, que vestiu a camisa vascaína para jogar ao lado dele.
Político e presidente do Vasco
Após a aposentadoria, o ídolo virou político. Foi eleito vereador do Rio em 1992 e ficou até 1994, quando se elegeu deputado estadual. Conseguiu se reeleger para o mandato quatro vezes, ficando na Alerj até 2014, quando perdeu as outras duas eleições.
Depois do jogador ídolo, Roberto Dinamite escreveu mais um capítulo na história no Vasco, este mais triste, como presidente do clube. Eleito para o cargo em 2008, após uma série de polêmicas nas eleições contra o desafeto Eurico Miranda, o ex-jogador viu o clube ser rebaixado para a Série B do Brasileiro pela primeira vez.
Sua gestão foi marcada por muitos problemas financeiros e muitas críticas da torcida e de sócios. Ainda assim, conquistou a Copa do Brasil de 2011, última grande conquista. Após uma reeleição e outro rebaixamento, deixou o clube em 2014.
Estátua como homenagem
Apesar dos muitos problemas como dirigente, continuou como grande ídolo. Não à toa, a torcida participou em peso de uma campanha de arrecadação para a construção de uma estátua dele em São Januário.
A peça foi inaugurada em 28 de abril de 2022, voltada para a torcida na arquibancada do estádio.