A Polícia Federal prendeu ontem, num sítio em Bananal, cidade paulista que faz divisa com Barra Mansa, no Sul Fluminense, Pedro Paulo Barros Pereira Junior, suspeito de encomendar a morte da corretora de imóveis Karina Garofalo, ex-mulher dele. O industriário foi transferido para a Superintendência da PF, na Praça Mauá, Zona Portuária do Rio, e depois foi encaminhado ao IML para realização do exame de corpo de delito. Ele está preso preventivamente na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte.
Em depoimento, Pedro Paulo negou que tenha matado a ex-mulher e ainda declarou que o primo, Paulo Maurício Barros Pereira, que atirou em Karina e se entregou seis dias após o crime, é "maluco". O suspeito disse que estava em Bananal preparando a defesa para se entregar.
O feminicídio aconteceu em 15 de agosto e foi registrado por câmeras de segurança. Karina foi executada enquanto passeava com o filho de 11 anos na Barra da Tijuca. O menino não ficou ferido.
De acordo com a polícia, o crime foi praticado por vingança e ciúmes. Pedro Paulo travava com Karina disputas judiciais envolvendo a divisão de bens e a guarda do filho. Além disso, o ex-marido teria ficado contrariado quando a vítima ficou noiva e passou a viver com o novo companheiro.
Segundo testemunhas, o atirador saiu de um carro, que o próprio conduzia e, usando um silenciador acoplado à arma, disparou várias vezes contra Karina. Para a polícia, o filho da corretora disse ter reconhecido o primo do pai como o autor do crime.
Outro preso no caso é Hamir Feitosa Todorovic, de 28 anos. Ex-guarda municipal de Porto Real, ele é acusado de guiar a moto que deu cobertura ao crime.