Desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira pessoas se aglomeravam na porta da Cidade da Polícia, no Jacareá, na Zona Norte do Rio. O motivo não era a expectativa da prisão de um procurado da Justiça, mas a passagem do atacante Neymar Jr., esperado para depor na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). O astro foi prestar esclarecimentos sobre o vazamento de imagens íntimas da mulher que o acusa de estupro.
Por volta das 19h, os dois portões da Cidade da Polícia foram fechados com cadeados. Ninguém poderia entrar ou sair. Isso fez com que o boato de que o depoimento havia sido transferido perdesse força e, mães que estavam esperando o craque com filhos de colo, voltaram a se aglomerar no portão principal da unidade.
"Neymar vai chegar, quero um autógrafo para o meu filho, sei que ele é inocente", afirmou Jandira Gomes, moradora do Jacarezinho, comunidade localizada na frente do local que reúne as delegacias especializadas da Polícia Civil.
Por volta das 19h, os dois portões da Cidade da Polícia foram fechados com cadeados. Ninguém poderia entrar ou sair. Isso fez com que o boato de que o depoimento havia sido transferido perdesse força e, mães que estavam esperando o craque com filhos de colo, voltaram a se aglomerar no portão principal da unidade.
"Neymar vai chegar, quero um autógrafo para o meu filho, sei que ele é inocente", afirmou Jandira Gomes, moradora do Jacarezinho, comunidade localizada na frente do local que reúne as delegacias especializadas da Polícia Civil.
Galeria de Fotos
Eram 19h15 quando uma van cinza, com vidros cobertos por insulfilm começou buzinar pedindo passagem. Crianças e jovens começaram a empurrar o veículo, que era conduzido por dois PMs à paisana, responsáveis pela segurança particular do jogador.
Com a passagem bloqueada, o veículo recuou e foi para uma entrada lateral. A multidão, segurando celulares e em histeria, gritava atrás, em uníssono "Neymar, Neymar" e "força".
Ao descer do veículo, o jogador pediu muletas. Indagado pelo DIA se sabia que era crime a divulgação das imagens íntimas, não quis responder. Um meio sorriso surgiu em resposta ao que ele achava do carinho dos fãs que foram recepcioná-lo.
A imprensa o cercou rapidamente e policiais civis foram ajudar na sua locomoção. Uma cadeira de rodas foi oferecida ao jogador, que aceitou.
Ao entrar no prédio o empurra-empurra dos jornalistas quase derrubou a fachada de vidro da DRCI. Um cinegrafista teve os óculos pisoteados.
Dentro da unidade, delegados de outras unidades agiram como guarda-costas do jogador e impediram a entrada dos repórteres.
Ao lado de dois advogados, o jogador começou a prestar seu depoimento, que durou 1h30.
Alguns policiais começaram a reclamar da demora da abertura dos portões, que foram fechados para evitar a entrada da multidão. Eles foram proibidos de sair do local. Outros, queriam filmar recados do ídolo para os filhos.
O jogador concedeu uma breve declaração ao sair. "Queria agradecer aos fãs, amigos. Obrigado pelo carinho! Só queria agradecer o carinho de todos. Me senti muito amado", disse, se equilibrando nas muletas, antes de entrar na van para ir embora.
A advogada, Maíra Fernandes, afirmou que o inquérito segue sob segredo de justiça e que não poderia dar detalhes, como se o celular havia sido apreendido. "Estamos absolutamente confiantes da inocência dele", declarou.