O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), através da 7ª Promotoria de Investigação Penal – 3ª Central de Inquéritos, denunciou por homicídio qualificado seis integrantes de uma milícia que atua em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Segundo a denúncia, eles mataram a tiros Lucas Otavio Teixeira da Silva, em 11 de março deste ano. A vítima foi confundida com o irmão e foi assassinada "por engano" pelos criminosos, comandados por Ronald Elias Pereira Valente, o "Jaquinha", chefe da milícia local. Uma recompensa de R$ 1 mil é oferecida por denúncias que levem à sua captura.
Segundo as investigações, os denunciados agiram por vingança e confundiram Lucas com o irmão, que teria se recusado a pagar a taxa de segurança cobrada pelos milicianos. Os criminosos armados abordaram a vítima, que ao tentar fugir e se esconder, foi executada friamente, diz o MP.
""Jaquinha", apontado como chefe da milícia na região, concorreu de forma eficaz para o crime na medida em que possuía o domínio final do fato e os homicídios no local somente ocorrem sob seu comando ou autorização. Os outros cinco denunciados concorreram para o crime na medida em que, armados e presentes no local da execução, auxiliaram-se mutuamente para assassinar a vítima", aponta o Ministério Público.
Na manhã desta quarta-feira, policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prendeu um dos denunciados, Junior Galdino Vieira, em uma loja de telefonia no Centro do bairro Nova Aurora, dominado pela milícia de Jaquinha. A DHBF também apura se o ataque a tiros em um bar do município no dia 29 de junho, que deixou quatro mortos e 13 feridos, está relacionado a conflitos existentes na região entre integrantes de tráfico de drogas e a milícia da qual os denunciados fazem parte.