As trocas de farpas entre Emmanuel Macron e Jair Bolsonaro continuam. Na live do Facebook desta quinta-feira, o presidente brasileiro disse que vai deixar de usar a caneta Bic, que é de origem francesa, pela marca nacional Compactor.
O assunto surgiu após Bolsonaro e o general Augusto Heleno falarem sobre a famosa "saidinha" que alguns presos têm direito em feriados nacionais. "No país em que uma moça, uma jovem, mata o pai e a mãe e tem direito a 'saidinha' no Dia dos Pais e no Dia das Mães, realmente tem que parar para pensar. Alguma coisa está errada", afirmou o militar, fazendo referência à Suzane Von Richthofen.
Jair Bolsonaro respondeu o comentário feito pelo militar afirmando que, no fim do ano, ele passará a escolher quem terá direito ao indulto. "Vou escolher alguns colegas policiais que estão presos injustamente pelo Brasil. Policiais presos pela pressão da mídia. Até o final do ano, vai ter policial saindo nesse indulto. Tem casos aí que todo mundo sabe. Tem que ter coragem e usar a caneta... Compactor, não é mais Bic, não. É Compactor agora porque a Bic é francesa. É Compactor", afirmou.
O presidente ainda comentou sobre o pacote Anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro. As leis indicam que os juízes poderão deixar de aplicar pena ou reduzi-la à metade se o "excesso decorrer de situação comprovada de medo, surpresa ou violenta emoção". A proposta de Moro foi criticada por muitos por ser considerada subjetiva: "Alguns estão me atacando, dizendo que é um projeto 'carta branca para matar'. Diz para esse idiota, esse imbecil aí, que é carta branca para o policial não morrer. Esse mesmo policial que defende a sua vida".
Bolsonaro também defendeu Gustavo Corrêa, cunhado da apresentadora Ana Hickmann, acusado de homicídio doloso por ter matado Rodrigo Augusto de Pádua, que o atacou dentro de um hotel, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
"Isso é excesso? Tinha que dar 30 tiros e ganhar uma medalha de ouro. 20, de prata e 10 de bronze. Olha a situação. E o Ministério Público de Minas Gerais recorre. Ele está vivendo esse inferno há um tempão e pode ser condenado por homicídio, 12 a 30 anos de cadeia. É inacreditável não se ter arquivado esse processo há muito tempo", afirmou o presidente, que ainda disse esperar que ele seja absolvido por unanimidade.