Rio - A Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses do Rio concluiu, na tarde desta quarta-feira, a análise de 57 das 107 amostras da água de abastecimento distribuída pela Cedae, coletadas nos últimos dois dias em 15 bairros da cidade por técnicos do Laboratório Municipal de Saúde Pública (Lasp). De acordo com os primeiros laudos, os índices atestam a potabilidade da água nos pontos analisados, de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
"Esses resultados se referem às amostras coletadas na terça em pontos de redistribuição da água de oito bairros e atestam a potabilidade, o que nos compete avaliar. Já a análise da possível presença de substâncias químicas, como a geosmina, cabe à CEDAE avaliar. E caso a água das torneiras internas, como as das residências, apresente cor turva, cheiro ou algum sabor, a recomendação é que seja providenciada a limpeza das caixas, cisternas e demais reservatórios. As orientações estão no site da Vigilância Sanitária", diz a médica-veterinária Roberta Ribeiro, coordenadora do Lasp, uma das unidades que funciona no Complexo Zona Norte da Vigilância, em São Cristóvão.
Para chegar aos laudos, cada amostra passa por um processo de análise específico de 24 horas. "Aqui no Rio, esta análise é feita mensalmente em 264 pontos de distribuição da rede de abastecimento, considerando todos os parâmetros de potabilidade. Este trabalho permite a Vigilância atuar na prevenção para que a água consumida pela população atenda ao padrão e às normas estabelecidas na legislação", explica Roberta, adiantando que os laudos das outras 50 análises ficam prontos nesta quinta (9).
Do total das amostras, 57 foram coletadas na terça, dia 7, nos bairros de Paciência, Santa Cruz, Campo Grande, Olaria, Ramos, Brás de Pina, Humaitá e São Cristóvão. As outras 50 amostras em análise até esta quinta, 9, foram coletadas em pontos de Realengo, Centro, Copacabana, Bangu, Gávea, Ipanema e São Conrado.
Cedae diz que substância de algas não representa risco à saúde
A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio (Cedae) informou, na noite de terça-feira (7), que técnicos detectaram a presença da substância Geosmina em amostras da água. De acordo com a companhia, trata-se de uma substância orgânica produzida por algas e não representa nenhum risco à saúde dos consumidores. Desta forma, a água fornecida pode ser consumida pela população.
Equipe de O DIA percorre cidade
Na segunda-feira, a equipe de O DIA percorreu a cidade e constatou que o problema atinge, sobretudo, Campo Grande, Ricardo de Albuquerque, Deodoro, Santa Cruz, Pedra de Guaratiba, Jacarepaguá, Costa Barros, Anchieta, Paciência, Piedade e Brás de Pina. Juntos, os bairros somam 1,1 milhão de moradores, segundo o IBGE de 2010.