Um vídeo gravado por uma câmera de segurança da Rua Marechal Jofre, no Grajaú, na Zona Norte do Rio, mostra o momento em que a médica anestesista Ticyana Azambuja, de 35 anos, foi rendida por frequentadores de uma festa no bairro, no dia 30 de maio, em plena pandemia do novo coronavírus. A profissional de saúde disse que na ocasião foi agredida por pelo menos cinco pessoas, entre elas o PM do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) Luiz Eduardo dos Santos Salgueiro, de 43 anos.
Nas imagens, divulgadas ontem pelo Portal Grande Tijuca, a médica é vista correndo pela rua para fugir dos agressores. Ela chega a parar um motociclista no meio da via, tenta subir no veículo, mas dois homens a impedem.
Populares só observam
Ticyana segura a moto, em busca de proteção, mas é agarrada pelos dois homens e arrastada. Um dos agressores lhe aplica o golpe "mata-leão". Várias pessoas observam a cena, mas não interferem.
"Ninguém tem ideia do que foi rever essas imagens e reviver tudo. A sensação de falta de ar, do grito preso na garganta, de ter que decidir se é melhor gritar ou respirar, do breu quando se desmaia, de acordar com um pé te pisoteando, de ser observada silenciosamente enquanto estão te matando", relatou Ticyana, no Facebook.