Termina hoje o prazo dado pela Justiça para a climatização total da frota de ônibus do Rio. Pela segunda vez — o primeiro prazo expirou em 31 de dezembro de 2016 —, a meta não foi cumprida pela prefeitura, que é ré no processo movido pelo Ministério Público (MPRJ).
Ontem, a reportagem do MEIA HORA constatou, no Centro, veículos circulando sem o equipamento. Apesar da determinação das autoridades de saúde para que os veículos rodem com janelas abertas, em razão da pandemia da Covid-19, passageiros e rodoviários disseram que linhas como 312 (Olaria-Candelária), 342 (Jardim América-Castelo) e 323 (Bananal-Castelo) não são climatizadas.
"O lobby dos empresários de ônibus é muito grande. Eles são poderosos e fazem o que querem. A gente, como população, acaba sendo subjugado por eles", diz o professor João Paulo Carneiro, de 44 anos, embarcando em um 'quentão'.
No Castelo, dificuldades também para quem precisa dos ônibus que seguem para a Ilha do Governador. Nenhum deles têm ar-condicionado.
O processo que tramita no TJRJ para climatização da frota foi movido em 2013 pelo Ministério Público. Um acordo foi celebrado com prefeitura para a climatização integral da frota como medida compensatória aos transtornos causados pelas obras do Porto Maravilha aos cidadãos.
Procurados, Ministério Público, Secretaria de Transportes e Rio Ônibus não haviam retornado até o fechamento desta edição.