Rio - Menos de dois meses após deixar a prisão, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos) e ex-PM
Fabrício Queiroz vai passar por uma inspeção de saúde na Polícia Militar para adquirir uma arma de
fogo. De acordo com informações do portal 'G1', a Diretoria Médica Pericial da corporação recebeu a notificação nesta segunda-feira.
Fabrício Queiroz vai passar por uma inspeção de saúde na Polícia Militar para adquirir uma arma de
fogo. De acordo com informações do portal 'G1', a Diretoria Médica Pericial da corporação recebeu a notificação nesta segunda-feira.
A PM do Rio estabeleceu, desde 2016, que agentes da reserva devem passar por uma análise de aptidão clínica e psicológica antes de conseguir autorização para ter uma arma de fogo. Essa análise é feita por uma Junta de Inspeção de Saúde.
Ainda não há informações se a PM concedeu a autorização a Fabrício.
Prisão
Fabrício Queiroz foi preso no dia 18 de junho de 2020 em uma operação conjunta entre o Ministério Público do Rio (MPRJ) e o de São Paulo (MPSP). O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro foi encontrado em um imóvel de Frederick Wassef, advogado do parlamentar, em Atibaia, no interior de São Paulo.
O local onde Queiroz estava funciona como um escritório do criminalista que defende o filho do presidente Jair Bolsonaro no caso que apura suposto esquema de "rachadinha" de verbas do antigo gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A polícia precisou arrombar o portão e a porta da residência. O PM estava no local há cerca de um ano.
A ação para a prisão de Queiroz foi batizada de Operação Anjo e foi autorizada pela Justiça do Rio. Além da captura do PM, os agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão em uma casa próxima de uma residência da família Bolsonaro em Bento Ribeiro, na Zona Norte, além de outros endereços.
Rachadinha
A prisão de Queiroz faz parte da investigação que apura um esquema de "rachadinha" na Alerj - desvio de dinheiro público através da devolução parcial de salário pago pelos assessores para o então deputado estadual. O PM também é investigado por lavagem de dinheiro em transações imobiliárias com valores de compra e venda fraudados.
Queiroz virou alvo do MPRJ após um relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) apontar uma movimentação atípica em sua conta de R$ 1,2 milhão.