Rio - Um capitão da reserva do Exército, de 66 anos, foi preso em flagrante, nesta quinta-feira, pelo crime de porte ilegal de arma. Agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) foram ao endereço do militar, em Sepetiba, para cumprir mandado de busca e apreensão expedido em inquérito que apura o crime de estupro de vulnerável. No local, os agentes encontraram uma pistola calibre 7.65, com 8 munições intactas, sem registro, que ele usava para ameaçar o pai da jovem de 12 anos, e apreenderam aparelhos celulares.
As investigações tiveram início quando os agentes receberam, via Disque-Denúncia, um vídeo, gravado pela própria vítima, mostrando os abusos praticados pelo acusado. Os policiais instauraram inquérito e, no decorrer das investigações, pediram a prisão do capitão da reserva por estupro de vulnerável e o Ministério Público também ofereceu denúncia. A Justiça, no entanto, deferiu apenas mandados de busca e apreensão.
Além do militar, os pais da vítima também estão sendo investigados, sob suspeita de terem apagado as imagens do telefone. De acordo com o delegado Adriano França, a mãe da menina admitiu que sabia dos abusos, mas apagou o conteúdo do celular com medo do acusado.
"A própria mãe em sede policial confessou a existência desse vídeo, que foi apagado, segundo ela, por medo do agressor, que vem a ser um militar da reserva e possuía uma arma. Ontem esse fato foi constatado e a arma foi apreendida. No depoimento especial, a própria vítima confessou que realmente teria sido abusada sexualmente".