A polícia de Águas Lindas, em Goiás, concluiu o inquérito sobre o estupro coletivo de uma mulher de 25 anos na cidade, ocorrido na madrugada do dia 9 de setembro. O subtenente da Polícia Militar Irineu Marques Dias, de 44 anos, e Thiago de Castro Muniz, de 36, foram indiciados, e agora poderão ser denunciados à Justiça pelo crime.
Daniel Marques Dias, de 37 anos, irmão do PM e dono da casa onde aconteceu a festa em que a vítima sofreu a violência, não foi indiciado. Ele foi preso preventivamente após o reconhecimento feito na delegacia.
Ao Correio Braziliense, a defesa dos acusados disse não concordar com a decisão das autoridades policiais. "Notadamente pelo fato de que o próprio relatório traz as informações prestadas por todas as pessoas que foram ouvidas e que nenhuma destas confirma, nem sequer em parte, a versão apresentada pela suposta vítima".
Os advogados afirmaram que o laudo pericial não confirmou a versão da vítima, e que "repudia veementemente" a decisão do relatório, "que não corresponde à realidade das afirmações, principalmente pelo fato de que não foi capaz de produzir uma única prova que comprovasse a veracidade dos fatos".
"Desta forma, espera a defesa pelo posicionamento do Ministério Público, bem como do Poder Judiciário em relação a esse caso", diz o texto.
O laudo questionado pela defesa foi emitido pelo Instituto Médico Legal (IML) em caráter preliminar, e segundo os responsáveis pela investigação, as apurações devem continuar.
Segundo os policiais, Irineu estava em horário de trabalho quando a jovem foi violentada. A vítima relatou às autoridades que foi convidada para dormir, já na madrugada de sábado, por duas mulheres que estavam na casa e, depois de entrar com elas no quarto, as duas se retiraram do local e entrou um homem. Ele tirou a roupa e ela percebeu que ele estava armado.
Em seguida, ele fez ela se despir e praticou o estupro. Ele guardou a arma no guarda-roupa e saiu do quarto, mas, depois, entraram outros dois homens, que também abusaram sexualmente da jovem.