Rio - Uma operação da Prefeitura do Rio desocupou um imóvel que abrigava cerca de seis famílias na Rua Frei Caneca, nº385, Centro do Rio, nesta quarta-feira. A ação contou com apoio da Secretaria de Ordem Pública (Seop), subprefeitura do Centro, da Guarda Municipal, da Polícia Militar e do Conselho da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS).
Segundo os moradores, nenhuma das famílias desabrigadas foram cadastradas no no Aluguel Social, um recurso assistencial mensal destinado a atender emergencialmente famílias que se encontram sem moradia. Os moradores também contestam que não houve apresentação de ordem judicial e que a decisão de demolir o imóvel ainda estaria em disputa na Justiça.
Leonardo Ferreira era um dos moradores do imóvel e afirma que a prefeitura ignorou o processo e agiu ilegalmente para remover os moradores. "Vieram aqui e alegaram que não éramos moradores. Nós mostramos todas as provas, vídeos, fotos, número do processo, e mesmo assim eles chegaram de manhã já invadindo e quebrando tudo. Nós perdemos muita coisa. Quebraram muita coisa nossa que não tivemos tempo de tirar. Foi uma violência", disse.
A vereadora Thais Ferreira, da bancada de oposição na Câmara dos Vereadores, também acompanhou a demolição do imóvel antigo. Ela informou que vai cobrar explicações da Prefeitura. "Vamos questioná-los formalmente na Câmara sobre essa desocupação. Ela acontece com vários elementos de ilegalidade: não temos os moradores cadastrados no Aluguel Social, não tivemos acesso ao mandato que autorizou essa desocupação - se é que ele existe - e a prefeitura simplesmente colocou essas pessoas na rua sem ter para aonde ir. É desumano ver a quantidade de coisas que eles perderam nessa desocupação. A prefeitura não pode fazer isso."
A vereadora Thais Ferreira, da bancada de oposição na Câmara dos Vereadores, também acompanhou a demolição do imóvel antigo. Ela informou que vai cobrar explicações da Prefeitura. "Vamos questioná-los formalmente na Câmara sobre essa desocupação. Ela acontece com vários elementos de ilegalidade: não temos os moradores cadastrados no Aluguel Social, não tivemos acesso ao mandato que autorizou essa desocupação - se é que ele existe - e a prefeitura simplesmente colocou essas pessoas na rua sem ter para aonde ir. É desumano ver a quantidade de coisas que eles perderam nessa desocupação. A prefeitura não pode fazer isso."
Procurada, a Secretaria de Ordem Pública informou que atuou como integradora dos órgãos envolvidos e que a operação de reintegração de posse ocorreu dentro de todos os trâmites e prazos determinados pela Justiça. Em relação ao cadastramento e aluguel social, a secretaria disse que somente a Assistência Social poderia esclarecer sobre o assunto. Procurada pelo DIA, a Secretaria Municipal de Assistência Social informou que esteve no local na terça-feira (18) para comunicar às famílias sobre o prazo para a reintegração de posse do imóvel. Segundo a SMAS, foram atendidas seis famílias que não tinham perfil para recebimento de benefícios.
De volta ao local, nesta quarta-feira, a Assistência Social disse que só encontrou um casal no local, que recusou o acolhimento oferecido. "Informações sobre aluguel social são da competência da Secretaria Municipal de Habitação", informou em nota.