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Ministério Público da Alemanha vai investigar caso do cônsul pela morte do marido no Rio

Segundo a agência alemã DPA, as autoridades alemãs devem solicitar detalhes das investigações da Polícia Civil do Rio e do MP-RJ

Justiça aceita denúncia, decreta prisão preventiva e determina inclusão do cônsul alemão Uwe Herber Hahn no banco de foragidos da Interpol
Justiça aceita denúncia, decreta prisão preventiva e determina inclusão do cônsul alemão Uwe Herber Hahn no banco de foragidos da Interpol -
Rio - O ministério Público de Berlim vai investigar o cônsul Uwe Herbert Hahn, pela morte do marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot, de 52 anos, em um apartamento em Ipanema, na Zona Sul do Rio. De acordo com a agência alemã DPA, as autoridades alemãs devem solicitar detalhes das investigações da Polícia Civil do Rio e do MP-RJ.

O diplomata chegou em Frankfurt, na Alemanha, neste domingo (28), após ter sua prisão relaxada pela desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, por considerar haver demora na denúncia do Ministério Público (MP) contra o cônsul. Hahn foi incluído na lista dos procurados da Interpol.

Na mesma sexta-feira, o Ministério Público denunciou o diplomata pelo crime de homicídio qualificado contra seu cônjuge Walter Henri Maximilien Biot. Além da denúncia, a promotoria também solicitou a prisão preventiva, reafirmando que não houve perda de prazo processual para apresentação da denúncia.

Em nota, a Polícia Civil informou que a 14ª DP (Leblon) realizou a prisão em flagrante do acusado pelo crime de homicídio qualificado e que o caso foi encaminhado à Justiça.

Procurada pelo DIA sobre o caso, o Tribunal de Justiça do Rio informou que não vai se manifestar sobre o caso.

Noite do crime

A polícia foi acionada na noite de sexta-feira, dia 5, para o apartamento do cônsul, uma cobertura em Ipanema, Zona Sul do Rio. O médico do Samu, identificado como Pedro Henrique, foi acionado por volta das 20h e se recusou a atestar o óbito por mal súbito. A polícia acredita que o cônsul tenha demorado a chamar o socorro e confessou que pediu para que uma limpeza fosse feita no apartamento, o que dificultou a perícia. No entanto, luminol foi usado no imóvel e marcas de sangue foram encontradas em móveis.