Rio - Uma campanha de doação de sangue organizada pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio), em parceria com o Hemorio, nesta quarta-feira (19), bateu recorde de arrecadação ao coletar 127 bolsas de sangue e 160 voluntários. Feita no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, entre às 10h e as 17h, a iniciativa tinha o objetivo de reforçar o banco de sangue do Hemorio, que fornece hemoderivados para os hospitais da rede pública do Rio.
De acordo com a SMS, as doações foram feitas por funcionários do hospital e também por familiares de pacientes internados na unidade de saúde. Cada uma das 127 bolsas de sangue recolhidas durante a campanha pode salvar até quatro pessoas, e uma bolsa de 450 ml pode salvar até oito crianças, devido à quantidade menor de sangue que uma criança recebe.
A pasta explicou ainda que o Hospital Lourenço Jorge realiza, em média, 350 transfusões ao mês, o que significa que, por dia, são necessárias mais de 10 bolsas para atender a demanda assistencial. Campanhas como a que ocorreu nesta quarta-feira são feitas duas vezes ao ano para captar doadores na região da unidade de saúde.
A funcionária da Comlurb Aline dos Santos, de 39 anos, foi uma das doadoras que participaram da campanha. Ela já doa sangue há nove anos e para ela doar é sinônimo de salvar vidas: "Uma vez, fui ao hospital visitar uma prima que precisou de sangue. Acabei entrando no setor errado e, quando vi a ala pediátrica, me comovi com as crianças ali. Desde então, sempre procuro doar", lembra Aline.
Segundo a diretora de apoio diagnóstico do HMLJ, Déborah Bejde, é importante sempre reforçar que doar sangue é seguro, não há riscos de contrair doenças e o organismo se recupera rapidamente. Para doar é preciso estar com documento de identificação com foto, ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50kg, não precisa estar em jejum, além de ter boas condições de saúde.
"Independente do seu fator sanguíneo, você está ajudando alguém. Como ser humano, doar é uma das coisas mais preciosas, um verdadeiro gesto de solidariedade”, conclui a diretora.