Rio - A ex-deputada federal Flordelis, acusada de envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo, será interrogada no Fórum de Niterói neste final de semana. Será a primeira vez que a pastora irá responder as perguntas do Ministério Público, da defesa e dos jurados desde quando as oitivas começaram na última segunda-feira (7). A audiência chega a fase final neste sábado (12), sexto dia seguido de depoimentos, com todos os réus sendo questionados, com sustentações e debates, com direito a réplicas e tréplicas da acusação e defesa.
Além da pastora, sua filha biológica Simone Santos, os filhos afetivos André Luiz de Oliveira e Marzy Teixeira da Silva, e a neta Rayane dos Santos de Oliveira também estão sendo julgados. Por causa da quantidade de depoimentos a serem colhidos, há a possibilidade da fase final se estender para este domingo (13). É estimado que esta fase do julgamento dure cerca de 12 horas. Cada réplica e tréplica podem durar até duas horas.
A última parte do julgamento serve para os réus responderem perguntas do Ministério Público, da assistência de acusação, da defesa, dos jurados e da juíza Nearis Carvalho Arce, caso ela queira questionar. Depois do interrogatório, a acusação e a defesa possuem o direito de debater por duas horas e meia cada, podendo haver réplicas e tréplicas de até duas horas.
Após todo esse debate, cabe aos jurados a decisão de condenar ou inocentar os réus. A juíza irá realizar uma série de perguntas para que os sete jurados, sendo quatro homens e três mulheres, possam responder e julgar os réus. Já com a decisão em mãos, a magistrada realiza a sentença.
Depoimentos
No quinto dia de depoimento, nesta sexta-feira (11), sete testemunhas de defesa foram ouvidas pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce. O primeiro a depor foi um psicólogo, seguido do psiquiatra forense Hewdy Lobo Ribeiro. Durante a tarde, os filhos afetivos Érika Dias e Douglas de Almeida Ribeiro; o ex-namorado de Simone, Marcos Silva de Lima, foram ouvidos. Já no período da noite, os depoimentos foram encerrados com duas netas de Flordelis: Lorrane dos Santos Oliveira, filha de André Luiz e de Simone, e Rafaela dos Santos de Oliveira. Em todos os depoimentos, exceto dos dois profissionais, as testemunhas do quinto dia apontaram algum episódio de abuso sexual cometido pelo pastor.
Depuseram no quarto dia de julgamento, as três últimas testemunhas de acusação, que foram as filhas adotivas de Flordelis, Roberta Santos e Érica dos Santos de Souza, e a neta Rebeca Vitória Rangel. Em seguida, foram ouvidas testemunhas de defesa, sendo: médico oncologista Diogo Bagano Diniz, que atendeu Simone, filha biológica de Flordelis; o desembargador Siro Darlan; e o perito Sami Abder.
Durante o terceiro dia de julgamento, quatro testemunhas de acusação foram ouvidas, sendo: Raquel da Silva, neta da ex-deputada e também filha de Carlos Ubiraci, um dos envolvidos no crime e já julgado; Dayane Freires, filha adotiva, que trabalhava como tesoureira na igreja; Daniel dos Santos de Souza, filho adotivo; e Luana Vedovi Rangel Pimenta, nora de Flordelis e casada com Wagner Pimenta, também conhecido como Misael, filho adotivo
Na terça-feira (8), durante segundo dia de oitivas, prestaram depoimento o inspetor da DHNSGI, Tiago Vaz de Souza, que atuou nas investigações quando o delegado Allan Duarte assumiu o caso, e os filhos adotivos Alexsander Felipe Matos Mendes, o Luan, e Wagner Pimenta, batizado por ela como Misael.
Já durante o primeiro dia de julgamento, nesta segunda-feira (7), foram ouvidos a delegada Bárbara Lomba, que iniciou as investigações quando era titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), o delegado Allan Duarte, responsável pela conclusão do inquérito e Regiane Ramos Cupti Rabello, chefe de Lucas dos Santos de Souza, um dos filhos adotivos da pastora, já condenado por participação no crime.
Já durante o primeiro dia de julgamento, nesta segunda-feira (7), foram ouvidos a delegada Bárbara Lomba, que iniciou as investigações quando era titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), o delegado Allan Duarte, responsável pela conclusão do inquérito e Regiane Ramos Cupti Rabello, chefe de Lucas dos Santos de Souza, um dos filhos adotivos da pastora, já condenado por participação no crime.