Milhares de manifestantes bolsonaristas radicais invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) e depredaram os prédios históricos e diversos objetos de seu interior. Os atos são organizados por eleitores movidos por intenções golpistas que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas, após eleição do ano passado. Após a invasão, destruição e quebradeira, as forças policiais conseguiram dominar a situação e pelo menos 150 foram presos em flagrante.
Em pronunciamento na tarde de ontem, o presidente Lula, que visitava Araraquara (SP), para examinar os danos causados pelas chuvas, decretou intervenção federal no Distrito Federal com o objetivo de "pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública". O secretário executivo designado para o cargo de interventor foi Ricardo Garcia Cappelli.
Imagens mostraram faixas com as inscrições "Lula na cadeia", "intervenção militar", "supremo é o povo" e "Bolsonaro presidente" no meio da manifestação. Na ação criminosa, os bolsonaristas atacaram primeiro o prédio do Congresso, enfrentaram os policiais que mantinham bloqueios, subiram a rampa e tomaram as famosas cúpulas. Eles quebraram o vidro entrando pelo Salão Nobre e subiram para o terceiro andar, onde fica o gabinete de Lula. O térreo foi totalmente destruído.
Após a tomada do Congresso, um grupo menor de extremistas também se dirigiu ao Palácio do Planalto, sede do governo federal. Os bolsonaristas radicais chegaram até o quarto andar e depredaram a sede do Poder Executivo. Quebraram obras de arte, portas e uma mesa de vidro.