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Como um lobo em pele de cordeiro

Marcius se passava por advogado criminalista

Por Meia Hora

Publicado às 10/05/2023 00:00:00 Atualizado às 10/05/2023 00:00:00

Preso por matar a ex-companheira, na sexta-feira passada, em Bangu, Marcius dos Reis Resener de Oliveira se passava por advogado criminalista e especialista na defesa de homens que eram acusados pela Lei Maria da Penha. Marcius, no entanto, não possui inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e em depoimento à polícia disse ser funcionário público.

Em uma entrevista à TV Cidade, emissora de Teresópolis, em fevereiro, Marcius criticou a lei e citou dados, sem apresentar fontes, afirmando que homens sofrem mais violência doméstica do que as mulheres. Além disso, disse que a maioria das mulheres mentem nas denúncias da Lei Maria da Penha. Sancionada em 2006, a lei fez com que a violência doméstica e familiar contra a mulher se tornasse crime. Segundo o Instituto de Segurança Pública, em 2022, o Estado do Rio bateu o recorde de feminicídios com 111 mortes e 293 tentativas.

Em trecho do debate, Marcius afirma que sofreu violência doméstica por parte da ex-companheira, Aline da Silva Resener de Oliveira, morta a tiros. "Eu sofri violência doméstica, sofri com o meu filho. Se não fosse a batalha, meu filho teria virado um Henry Borel da vida. Ele estaria morto", afirmou. Segundo as investigações, Henry Borel morreu em 2021 após as agressões do padrasto, o ex-vereador Jairinho.

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