Cruz Vermelha tá de pé mas pede ajuda

Instituição de saúde centenária usa espaço doado por igreja

A Cruz Vermelha, instituição centenária de ajuda humanitária, tenta se reerguer após um problema de infraestrutura, que provocou a mudança de sede, no Centro, e leilões para o pagamento de uma dívida trabalhista. Enquanto a gestão recorre da decisão, a Cruz Vermelha segue em funcionamento em um espaço doado pela Igreja São Vicente de Paulo.

"Nosso prédio antigo está com um grande problema estrutural e a obra requer investimento alto. Faço apelo ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e à nossa comunidade para que a gente possa ter dinheiro para voltar à nossa sede", pediu a gestora Flávia Aires.

O último leilão foi em 24 de abril e não teve interessados. Nem o de 10 de março. O imóvel vale R$ 47 milhões e o lance mínimo para arrematar é R$23,5 milhões.

O novo espaço, perto do antigo prédio, tem a Cruz Vermelha como um comodato, tipo de contrato que empresta gratuitamente um bem que não pode ser substituído. Flávia disse que a nova estrutura, na Avenida Henrique Valadares, 114, é mais simples e precisa de reparos, mas será importante para a continuidade dos trabalhos institucionais.

"Atualmente funcionamos aqui com a nossa sede e toda a parte humanitária, além da prática de cursos livres, primeiros socorros básicos, instrumentação cirúrgica e demais cursos voltados na área da saúde", disse a gestora, acrescentando que a Cruz Vermelha também recebe doações de material de higiene e alimentos.