A Polícia Militar afastou preventivamente os policiais envolvidos na morte de um adolescente de 13 anos na Cidade de Deus. As armas usadas pelos agentes foram apreendidas e passaram por perícia. Câmeras de segurança também estão sendo analisadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Os policiais militares envolvidos na ação não usavam câmeras em seus uniformes. Em junho, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um recurso do governo e determinou que os equipamentos sejam instalados nas fardas de todos os agentes do estado.
Em visita ao Rio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre a tragédia e criticou a ação. "É o povo pobre da periferia, que deve ser tratado com respeito para que nunca aconteça o que aconteceu com o menino de 13 anos que foi assassinado por um policial despreparado e irresponsável. A gente não pode culpar a polícia, mas a gente tem que dizer que o cidadão que atira em um menino que já estava caído é um irresponsável e não estava preparado, do ponto de vista psicológico, para ser policial".
Também ontem, parentes do menino prestaram depoimento na DHC, após denunciarem que uma câmera de segurança, que filmou a ação policial, teve trechos cortados. Segundo eles, os disparos foram feitos por agentes do Batalhão de Choque, quando o jovem já estava caído no chão.