Uma dor imensa que não tem igual

Parentes se despedem da pequena Eloah, morta no Dendê, e pedem justiça

Caixão branco com o corpo da menina é carregado em meio a muita emoção e revolta no Cemitério do Cacuia, na Ilha do Governador
Caixão branco com o corpo da menina é carregado em meio a muita emoção e revolta no Cemitério do Cacuia, na Ilha do Governador -

Amigos e familiares se reuniram ontem no Cemitério do Cacuia, na Ilha do Governador, para se despedir de Eloah Passos, de 5 anos, que morreu baleada dentro de casa, no Morro do Dendê. O pai, Gilgrês dos Santos, lembrou-se de seu último momento com ela, na manhã da sábado: "Eu estava saindo para jogar bola, ela acordou, me deu um beijo e disse: 'Vai com Deus'. Ela mandou eu ficar com Ele aqui e ela foi com Ele para lá", disse, emocionado.

A avó, Simone Passos, estava revoltada. "Não foi bala perdida, foi bala achada no peito da minha neta. Tudo pra eles é bandido, agora 'tá aí' minha neta, não vai voltar mais. Mas a justiça vai ser feita", ressaltou. 

O diretor da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, foi ao enterro. "A família quer ser recebida pelo governador. Ele tem que oferecer suporte de tudo que é espécie e natureza, para esses brasileiros, cidadãos cariocas, que estão vivendo a pior dor que um ser humano pode vivenciar na vida".

Além de Eloah, um rapaz de 17 anos também morreu. Os dois casos são investigados pela Delegacia de Homicídios.