A Polícia Civil prendeu na quarta-feira três PMs e três jovens envolvidos em uma perseguição em São Cristóvão. Os agentes William de Castro Valladão, André Luís da Silva Rodrigues e Bruno Batista Gama, lotados na UPP Barreira do Vasco, foram autuados por tentativa de homicídio. Já Nívea Ághata Fernandes, de 24 anos, seu primo João Victor de Oliveira, 22, e a mulher dele, Yasmin dos Santos, 18, que está grávida, são suspeitos de roubo. Os primos foram baleados e Ágatha foi internada em estado grave.
De acordo com a PM, um celular roubado momentos antes de um casal foi encontrado dentro do Ônix prata em que o trio estava. O advogado Sandro Figueiredo, que defende um dos policiais, diz que uma das vítimas do roubo reconheceu João Victor como o ladrão que os abordou. O rapaz já tinha dez passagens na polícia por diversos crimes.
A defesa dos jovens negou que o reconhecimento tenha ocorrido e alegou que não havia qualquer celular roubado no carro, que era dirigido por Ágatha. A advogada Márcia Daflon ressalta que há vídeo dos militares mexendo no carro após a abordagem, o que poderia ser um indício de que o material apreendido possa ter sido colocado ali para incriminar o trio de jovens, que estariam voltando de um bar.
"Não tem base, é um absurdo terem pedido a prisão em flagrante deles, não tem nenhuma prova, não tem arma, como que pode a polícia alvejar um carro, se não existe uma arma, não existe uma bala no carro da polícia?", questionou Márcia.