Suspeita de envenenar é procurada

Considerada foragida, namorada de empresário morto diz em depoimento que foi agredida por ele e ameaçada por agiota

Luiz Marcelo Antônio Ormond e Júlia Andrade Cathermol Pimenta no elevador do prédio
Luiz Marcelo Antônio Ormond e Júlia Andrade Cathermol Pimenta no elevador do prédio -

Júlia Andrade Cathermol Pimenta, suspeita de matar envenenado o namorado, Luiz Marcelo Antônio Ormond, prestou depoimento na polícia dois dias após o corpo da vítima ter sido encontrado no apartamento onde moravam, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. Segundo as investigações da 25ª DP, Júlia dormiu ao lado do cadáver durante o fim de semana e, na segunda-feira (20), fugiu levando pertences do empresário e o carro dele.

Em depoimento, com frieza, ela afirmou que foi agredida pelo namorado no dia 18. Parentes e amigos do empresário contam que ele efetuou um pagamento de R$ 2.600 para um agiota após a namorada afirmar que, devido a uma dívida, queriam matá-la.

Júlia está foragida e consta contra ela um mandado de prisão temporária em aberto por homicídio qualificado. Ela relata que, na manhã do dia 18, acordou com a sala de estar repleta de bolsas. A suspeita disse que Luiz havia pedido que ela colocasse tudo no carro e levasse para um ponto na Comunidade da Maré, tendo obedecido e deixado o veículo com um 'moreno alto, magro, bochecha meio caída, de 40 a 50 anos'.

A acusada diz que, logo após, pegou um ônibus e foi passear no Méier, na Zona Norte, voltando para casa à tarde, de táxi. Ela contou que, ao chegar no apartamento, disse ao namorado que havia entregue o veículo, mas que bateu com o retrovisor ao sair do prédio. Júlia afirmou que Luiz ficou bravo e desferiu um tapa em seu rosto.

Júlia alega que na segunda (20), dia em que o cadáver foi encontrado em estado avançado de decomposição, Luiz acordou bem e fez o café da manhã, mas apresentava um comportamento agressivo tendo agarrado seu braço. Foi então que ela, conforme diz, decidiu ir embora.