Sepultado corpo de mulher morta na Linha Amarela

Velório de Deborah Vilas Boas, de 27 anos, foi marcado por comoção, dor e revolta

O sepultamento de Deborah Vilas Boas, 27 anos, baleada na terça-feira em um ponto de ônibus na Linha Amarela, reuniu familiares e amigos, na manhã de ontem, no Cemitério Vertical Memorial Rio, em Cordovil. Um tio do marido da vítima, Waldir Guimarães, revelou que a jovem tinha voltado da licença-maternidade há cerca de duas semanas, e que sua filha, de sete meses, chora ao sentir falta da mãe. 

"Ela era uma mãe daquelas que vivia 24 horas com a filha, fazendo aniversário todo mês. Ela era alegria em pessoa, estava sempre sorrindo e tiraram essa alegria da gente. Ela tinha acabado de se formar. Na empresa tinha uma carreira, já estava 10 anos lá. Era uma profissional muito dedicada e tudo isso foi embora. Ela não estava mais amamentando, mas a bebezinha chora e olha como se tivesse procurando a mãe, que estava sempre presente", lamentou.

Momentos antes do enterro, familiares tentavam consolar a mãe de Deborah, que esteve no local. O marido da vítima, Wallace Souza, entrou no cemitério por um acesso reservado e, muito abalado, preferiu não falar com a imprensa.