Um samba para Rosa, A MAIOR DAS CAMPEÃS

Brasil se despede da maior vencedora da história dos desfiles da Marquês de Sapucaí

Velório da sambista Rosa Magalhães no Palácio da Cidade, ontem. Sepultamento foi em Botafogo
Velório da sambista Rosa Magalhães no Palácio da Cidade, ontem. Sepultamento foi em Botafogo -

A cultura brasileira está de luto. Morreu, na noite de quinta-feira, no Rio, aos 77 anos, a carnavalesca, figurinista, cenógrafa e artista plástica Rosa Magalhães. Maior campeã da Marquês de Sapucaí, a "Professora" como era carinhosamente chamada no mundo do samba, sofreu um infarto. O velório ocorreu ontem, no Palácio da Cidade, em Botafogo, de meio-dia às 16h30. O sepultamento aconteceu logo depois, no Cemitério São João Batista, restrito a familiares e amigos.

Dona de oito títulos no Carnaval carioca (um como assistente e sete em carreira solo), atuou na Beija-Flor, Império Serrano, Tradição, Estácio de Sá, Salgueiro, Imperatriz Leopoldinense, União da Ilha, Vila Isabel, Mangueira, São Clemente, Portela e Paraíso do Tuiuti. No Sambódromo, venceu seis vezes, cinco pela Imperatriz e uma pela Vila. Teve passagem, também, no Carnaval de São Paulo. 

Além das vitórias na Sapucaí e de muitos troféus no Carnaval, seus principais prêmios foram o Emmy de Melhor Figurino, pela abertura Jogos Pan-Americanos de 2007; dois prêmios MinC; prêmios Carlos Gomes; Ordem do Mérito Cultural; e Medalha de Prata, oferecida pelo governo da Áustria.

Formada pela Escola de Belas Artes (EBA) da UFRJ, também foi professora da instituição. Assinou figurinos e cenários para dezenas de espetáculos teatrais.

Escreveu três livros: "Fazendo Carnaval" (Nova Aguilar) e "O inverso das origens", junto com Maria Luiza Newlands (Nova Terra), e "E vai rolar a festa... (Nova Terra).