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Polícia prende dois por participar de operação de lavagem de dinheiro do tráfico

Operadores financeiros eram responsáveis por captar contas bancárias onde eram depositados o dinheiro da compra de drogas e armas

Por Rachel Siston

Publicado às 09/07/2024 18:43:00 Atualizado às 09/07/2024 18:51:45
Alvo da ação, Dibh Pereira Moubayed tinha anotações criminais por tráfico de drogas
A segunda fase da Operação Rota do Rio prendeu 12 operadores financeiros envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico de drogas em vários estados brasileiros. Os mandados de prisão foram cumpridos no Rio de Janeiro, em bairros como Baixada Fluminense, Glória, Recreio dos Bandeirantes, Parque União e Nova Holanda.

Em Manaus, no Amazonas, nove pessoas foram presas, incluindo um policial civil. Em São Paulo, dois alvos foram detidos em Boituva. Os envolvidos eram responsáveis por captar contas bancárias para receber dinheiro da compra de drogas e armas.

Entre os presos está Dibh Pereira Moubayed, que atuava em São Paulo, mas foi localizado em Belford Roxo, no Rio de Janeiro. Ele usava empresas de fachada para lavar o dinheiro. O policial civil Andrê Luis Bessa Maia, preso em Manaus, também participava do esquema e recebia porcentagem sobre as transações financeiras.

Além dos mandados de prisão, os agentes conseguiram o bloqueio de R$ 126 milhões em bens móveis e imóveis dos 26 alvos da operação.
As investigações, que duraram quatro anos, analisaram transações bancárias entre 2017 e 2022 e apontaram uma estrutura criminosa complexa, com divisão de tarefas para a lavagem de dinheiro. O esquema envolvia depósitos em contas de pessoas jurídicas, principalmente em regiões de fronteira do Amazonas.
"A importância de operações como essa é, justamente, trazer à luz pessoas que figuravam os bastidores do narcotráfico e do tráfico de armas, mas que eram essenciais. Na verdade, eram as principais pessoas, porque, por intermédio delas, a droga chega aqui em atacado, para ser vendida no varejo. E também, para a gente mapear rota, conhecer a rota, da onde vem, quem domina tal rota, onde o cartel tem maior influência, quais locais e quais fronteiras. Nós temos uma extensa área a ser fiscalizada e com o trabalho de inteligência que é extraído dessa investigação, esse trabalho fica um pouco mais facilitado", afirmou o secretário de Estado de Polícia Civil, delegado Marcus Amim.
Confronto e mulher baleada

Durante a operação na Baixada Fluminense, houve confronto entre policiais e criminosos. Uma mulher foi baleada na perna e socorrida para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha.