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Um samba para Rosa, A MAIOR DAS CAMPEÃS

Brasil se despede da maior vencedora da história dos desfiles da Marquês de Sapucaí

Por Meia Hora

Publicado às 27/07/2024 00:00:00 Atualizado às 27/07/2024 00:00:00
Velório da sambista Rosa Magalhães no Palácio da Cidade, ontem. Sepultamento foi em Botafogo

A cultura brasileira está de luto. Morreu, na noite de quinta-feira, no Rio, aos 77 anos, a carnavalesca, figurinista, cenógrafa e artista plástica Rosa Magalhães. Maior campeã da Marquês de Sapucaí, a "Professora" como era carinhosamente chamada no mundo do samba, sofreu um infarto. O velório ocorreu ontem, no Palácio da Cidade, em Botafogo, de meio-dia às 16h30. O sepultamento aconteceu logo depois, no Cemitério São João Batista, restrito a familiares e amigos.

Dona de oito títulos no Carnaval carioca (um como assistente e sete em carreira solo), atuou na Beija-Flor, Império Serrano, Tradição, Estácio de Sá, Salgueiro, Imperatriz Leopoldinense, União da Ilha, Vila Isabel, Mangueira, São Clemente, Portela e Paraíso do Tuiuti. No Sambódromo, venceu seis vezes, cinco pela Imperatriz e uma pela Vila. Teve passagem, também, no Carnaval de São Paulo. 

Além das vitórias na Sapucaí e de muitos troféus no Carnaval, seus principais prêmios foram o Emmy de Melhor Figurino, pela abertura Jogos Pan-Americanos de 2007; dois prêmios MinC; prêmios Carlos Gomes; Ordem do Mérito Cultural; e Medalha de Prata, oferecida pelo governo da Áustria.

Formada pela Escola de Belas Artes (EBA) da UFRJ, também foi professora da instituição. Assinou figurinos e cenários para dezenas de espetáculos teatrais.

Escreveu três livros: "Fazendo Carnaval" (Nova Aguilar) e "O inverso das origens", junto com Maria Luiza Newlands (Nova Terra), e "E vai rolar a festa... (Nova Terra).

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