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Depoimento de Marcus Amim complicou policiais

Rivaldo Barbosa e Giniton Lages teriam ignorado informações do caso Marielle

Por Meia Hora

Publicado às 12/08/2024 00:00:00 Atualizado às 12/08/2024 00:00:00
Rivaldo Barbosa era o chefe da Polícia Civil no Rio

As revelações feitas pelo atual chefe de Polícia Civil do Rio foram fundamentais para que a Polícia Federal (PF) conseguisse mais evidências que mostrassem a omissão de policiais responsáveis pela investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. O delegado Marcus Amim disse ter procurado os delegados Rivaldo Barbosa, chefe de polícia da época, e Giniton Lages, então titular da Delegacia de Homicídios.

Além dos dois, o relatório entregue pela PF ao Supremo Tribunal Federal também implica do comissário Marco Antonio de Barros Pinto. A corporação reiterou que o trio agiu junto para atrapalhar as investigações do caso e, propositadamente, evitou buscar e usar imagens de câmeras que teriam filmado os assassinos da vereadora e do motorista Anderson Ramos no dia do crime.

Amim trabalhava na 27ª DP (Vicente de Carvalho) em 2018 e encontrou com Rivaldo. Ele procurou passar informações para o chefe para ajudar nas investigações, mas teria sido ignorado por Rivaldo, que não quis escutá-lo e disse para ele procurar Giniton Lages.

Posteriormente, ele acabou encontrando o colega e teria apontado cinco suspeitos do crime, entre os quais Ronnie Lessa, de quem, inclusive, teria passado endereço e dicas para os policiais buscarem imagens próximas do condomínio do ex-policial militar. Ele também teria dito que Orlando Curicica, apontado inicialmente como suspeito, não teria condições de cometer o crime.

Giniton Lages prestou depoimento e disse não se lembrar da conversa que teve com Marcus Amim. De acordo com a corporação, ele escolheu ignorar as dicas do colega.

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