Tecnologia e biocombustível podem reduzir em até 280 milhões de t de CO2 em 15 anos, diz estudo
Por Agencia Estado
Publicado às 05/09/2024 13:44:11O ministro marcou presença na divulgação do desempenho do setor no mês de agosto, que ocorreu em Brasília.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mais cedo, a produção de veículos teve no mês passado um crescimento de 14,4% frente a agosto de 2023, chegando a 259,6 mil unidades, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.
Segundo o presidente da entidade, Marcio de Lima Leite, Alckmin encomendou o estudo há cerca de um ano como contribuição para a COP, que no próximo ano acontecerá no Brasil, em Belém (PA).
De acordo com a Anfavea, o setor automotivo emite 242 milhões de toneladas de CO2 por ano, o que representa cerca de 13% das emissões totais do Brasil. Se o ritmo atual de crescimento for mantido, as emissões poderão atingir 256 milhões de toneladas em 2040.
O estudo mostra também que a redução nas emissões pode chegar a 400 milhões de toneladas de CO2 em 15 anos se algumas medidas adicionais forem tomadas, como a renovação da frota, a inspeção veicular, o aumento do poder calorífico dos biocombustíveis, e a implementação de programas de reciclagem veicular.
"Esse avanço envolve o desenvolvimento de um ecossistema abrangente, que inclui a cadeia de fornecedores, infraestrutura de recarga, geração e distribuição de energia, além da produção de biocombustíveis", apontou a entidade. O encaminhamento deste cenário fará com que a venda de veículos híbridos e elétricos leves possa ultrapassar a de veículos a combustão até o fim desta década, atingindo 1,5 milhões em 2030, podendo representar mais de 90% em 2040.
No caso dos veículos pesados, as vendas com novas tecnologias de propulsão podem representar 60% em 2040. Já os ônibus urbanos em versão elétrica podem ultrapassar 50% em 2035.
Alckmin agradeceu pelo estudo e defendeu que o Brasil é um exemplo para a COP. O ministro lembrou da aprovação do PL do Combustível do Futuro pelo Senado e da expectativa de sanção, nos próximos dias, do PL do hidrogênio de baixo carbono.
"E deve sancionar também a nova lei de informática e o novo Padis, provavelmente na semana que vem, muito importante para indústria automotiva, que usa chips. São R$ 7 bilhões por ano de incentivo na área de semicondutores", pontuou Alckmin.