Veja a letra do samba-enredo:

Acenda tudo que
for de acender,

Deixa a fumaça entrar,

Sobô nirê mafá, sobô nirê,

Evoco, desperto,
nação coroada,

Não temo inimigo,

Calopo na estrada,
a noite é abrigo,

Transbordo a revolta
dos mais oprimidos,

Eu sou caboclo da
mata do catucá,

Eu sou pavor contra tirania,

Das matas, o encantado,

Cachimbo já foi
facão amolado,

Salve malungueiro, juremá.

Ê juremeiro, curandeiro oh!

Vinho da erva sagrada,
eu viro num gole só,

Catiço sustenta
o zeloso guardião,

Capangueiro da jurema,

Não mexe comigo não.

Entre a vida e a morte,
encantarias,

Nas veredas da
encruza, proteção,

O estandarte da sorte
é quem me guia,

Alumia minha procissão,

No parlamento das tramas,

Para os quilombos
modernos,

A quem do mal
se proclama,

Levo do céu pro inferno,

Toca o alujá ligeiro,
tem coco de gira
pra ser invocado,

Kaô, consagrado,

Reis malunguinho
encarnado,

Pernambucano,
mensageiro, bravio.

O rei da mata que mata quem mata o Brasil.

A chave do cativeiro, virado no exu trunqueiro,

Viradouro é catimbó,
Viradouro é catimbó,

Eu tenho corpo fechado, fechado tenho meu corpo,

Porque nunca ando só.