Dois policiais civis são investigados por ligação com bonde do Zinho

Investigação aponta que agentes agiam em conjunto com milicianos na Zona Oeste

Zinho foi preso na véspera de Natal ao se entregar na Superintendência da PF
Zinho foi preso na véspera de Natal ao se entregar na Superintendência da PF -
A Corregedoria da Polícia Civil (CGPOL) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriram nesta quarta-feira (23) cinco mandados de busca e apreensão contra três suspeitos de ligação com o "bonde" de Zinho, que atua em Campo Grande e outras regiões da Zona Oeste. Dois dos alvos são policiais civis.

As investigações, conduzidas pela própria corregedoria, apontaram que o grupo praticava ameaças, extorsões e grilagem de terras, além de outras condutas criminosas. Segundo o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do MPRJ (Gaeco), as ações contavam com a participação de milicianos e agentes lotados na delegacia da região.

Os mandados expedidos pelo Juízo da Vara Criminal Especializada da Capital deferiram o afastamento cautelar de um policial civil de sua função pública. Eles foram cumpridos em Magalhães Bastos, Bangu, Campo Grande e Jardim Sulacap.

Durante a operação, os policiais apreenderam celulares, computadores e documentos contendo cobranças de valores supostamente ligados à milícia, além de documentos de imóveis possivelmente envolvidos em atividades de grilagem de terras. O material será periciado. A investigação continua para identificar outros envolvidos com a organização criminosa.

Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, está preso desde 24 de dezembro de 2021, quando se entregou à Polícia Federal. Foragido desde 2018, o miliciano chegou a ser um dos mais procurados do Rio.