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Dois policiais civis são investigados por ligação com bonde do Zinho

Investigação aponta que agentes agiam em conjunto com milicianos na Zona Oeste

Por Meia Hora

Publicado às 23/10/2024 15:27:37 Atualizado às 23/10/2024 15:27:37
Zinho foi preso na véspera de Natal ao se entregar na Superintendência da PF
A Corregedoria da Polícia Civil (CGPOL) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriram nesta quarta-feira (23) cinco mandados de busca e apreensão contra três suspeitos de ligação com o "bonde" de Zinho, que atua em Campo Grande e outras regiões da Zona Oeste. Dois dos alvos são policiais civis.

As investigações, conduzidas pela própria corregedoria, apontaram que o grupo praticava ameaças, extorsões e grilagem de terras, além de outras condutas criminosas. Segundo o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do MPRJ (Gaeco), as ações contavam com a participação de milicianos e agentes lotados na delegacia da região.

Os mandados expedidos pelo Juízo da Vara Criminal Especializada da Capital deferiram o afastamento cautelar de um policial civil de sua função pública. Eles foram cumpridos em Magalhães Bastos, Bangu, Campo Grande e Jardim Sulacap.

Durante a operação, os policiais apreenderam celulares, computadores e documentos contendo cobranças de valores supostamente ligados à milícia, além de documentos de imóveis possivelmente envolvidos em atividades de grilagem de terras. O material será periciado. A investigação continua para identificar outros envolvidos com a organização criminosa.

Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, está preso desde 24 de dezembro de 2021, quando se entregou à Polícia Federal. Foragido desde 2018, o miliciano chegou a ser um dos mais procurados do Rio.