Ao menos 177 pessoas morrem a bordo de avião que caiu na Coreia do Sul

Duas pessoas estão desaparecidas

Avião com 181 pessoas a bordo sofre acidente na Coreia do Sul
Avião com 181 pessoas a bordo sofre acidente na Coreia do Sul -
Seul - Pelo menos 177 pessoas morreram após a queda de um avião no aeroporto de Muan, na Coreia do Sul, informou o Ministério de Terras, Infraestrutura e Transportes neste domingo (29). A aeronave, que transportava 181 pessoas, saiu da pista, bateu em um muro e explodiu.
Até o momento, dois membros da tripulação foram resgatados com vida e não correm risco. O homem foi encaminhado para o Hospital Universitário Feminino Ewha de Seul e a mulher para o Centro Médico Asan em Seul. As equipes de buscas ainda procuram duas pessoas desaparecidas.
Ainda conforme o Ministério de Terras, Infraestrutura e Transportes, estavam a bordo 175 passageiros, incluindo dois tailandeses e seis tripulantes.
O órgão indicou que a torre de controle avisou à tripulação que havia ocorrido uma colisão com aves. O piloto emitiu uma mensagem de alerta ('Mayday'), pouco antes de o aparelho cair ao pousar.

"Presume-se que a causa do acidente tenha sido uma colisão com pássaros, combinada com condições climáticas adversas", disse Lee Jeong-hyun, chefe dos bombeiros de Muan, uma cidade a cerca de 290 quilômetros ao sul de Seul. "No entanto, a causa exata será anunciada após uma investigação conjunta", acrescentou.
O Boeing 737-800 da Jeju Air havia decolado de Bangkok, na Tailândia, com destino a Muan, no sul da Coreia do Sul.

Todos os voos no Aeroporto de Muan foram cancelados após o acidente. Além disso, as autoridades informaram que já iniciaram as investigações para apurar o caso.

A Jeju Air pediu desculpas pelo acidente e disse que está adotando todas as medidas necessárias.
"Expresso as minhas mais sinceras condolências e desculpas aos passageiros e às famílias enlutadas que perderam a vida em acidentes", disse em comunicado o CEO da Jeju Airlines, Kim I-bae. "Ignoro a causa do acidente e como chefe executivo, assumo a responsabilidade", acrescentou.
O presidente em exercício Choi Sung-mok, nomeado líder interino do país nesta sexta-feira (27), ordenou que todos os esforços sejam concentrados no resgate, informou seu gabinete.
A primeira-ministra da Tailândia, Paetongtarn Shinawatra, lamentou o acidente. Em seu perfil no X (antigo Twitter), expressou condolências e declarou que o país oferecerá assistência.
"Gostaria de expressar minhas condolências a todas as famílias dos falecidos e feridos. Ordenei ao Ministério dos Negócios Estrangeiros que se apresse em verificar se há passageiros tailandeses neste avião. E qual é a situação agora? Lembre-os de agilizar a assistência imediatamente", escreveu.
Difícil identificação 
Um bombeiro explicou aos familiares das vítimas que "os passageiros foram ejetados do avião após colidirem com a barreira, deixando poucas chances de sobrevivência". "O avião ficou quase totalmente destruído e é difícil identificar" os restos mortais, acrescentou o oficial.

Um fotógrafo da AFP viu um bom número de veículos dos serviços de emergência e dezenas de bombeiros trabalhando em torno dos restos do avião que, com exceção da cauda, estava completamente queimado. Restos de assentos e malas cobriram parcialmente o asfalto.

No terminal, parentes e amigos enlutados aguardavam informações sobre seus entes queridos, aos prantos. Nas telas que geralmente informam sobre saídas e chegadas de voos apareciam os nomes, datas de nascimento e nacionalidade das vítimas.

Acidentes de avião são muito raros na Coreia do Sul. O mais mortal até agora no país foi o de um Boeing 767 da Air China vindo de Pequim que caiu em uma colina perto do aeroporto de Busan-Gimhae em 15 de abril de 2002, deixando 129 mortos.

Os choques com pássaros durante o voo são um perigo real, principalmente quando se trata de aviões a jato, pois a potência de seus motores pode diminuir rapidamente, ou até mesmo parar completamente, caso ocorra esse tipo de incidente.

Em 2009, um Airbus A320 da US Airways teve que fazer um pouso de emergência no rio Hudson, em Nova York, depois que seus dois jatos pararam após aspirar pássaros. O acidente, conhecido como o "Milagre do Hudson", não deixou ninguém morto. 
*Com informações da AFP