Rio - A estudante de enfermagem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, baleada durante abordagem da PRF na Rodovia Washington Luiz (BR-040), na véspera de Natal, segue apresentando melhora no seu quadro e deve ser transferida para a enfermaria na próxima semana. Atingida por disparo na cabeça, ela está internada no CTI do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, há 12 dias.
Segundo o pai de Juliana, Alexandre Rangel os médicos acreditam que ela vá para o leito de menor risco ainda nesta semana. "Deve descer para a enfermaria", comemorou o mecânico, que visitou a filha na tarde de sábado (4).
Segundo o pai de Juliana, Alexandre Rangel os médicos acreditam que ela vá para o leito de menor risco ainda nesta semana. "Deve descer para a enfermaria", comemorou o mecânico, que visitou a filha na tarde de sábado (4).
A estudante de enfermagem estava em coma induzido até o último dia 1º, quando foi iniciado a retirada da sedação. Na última sexta-feira (3), a equipe médica da unidade de saúde em Saracuruna informou que ela já respira de forma espontânea através da traqueostomia e sem a ajuda de aparelhos.
O boletim médico divulgado neste domingo (5) indica que Juliana segue em readaptação e passa por seções de fisioterapia respiratória. Ela também passa por processo de reabilitação psicomotora. "Do ponto de vista neurológico, paciente vem progredindo o nível de consciência, sem novos déficits, recuperando as funções motoras e cognitivas ainda de maneira incipiente, mas sem sinais de sequelas permanentes irreversíveis", informa o documento.
O caso
Juliana foi baleada na cabeça no último dia 24, véspera de Natal, quando seguia para ceia na casa da irmã. Ela, o pai, Alexandre Rangel, a mãe, Dayse Leite, o irmão, de 17 anos, e a namorada dele, estavam no veículo, modelo Fiat Siena, atingido por tiros dados por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
De acordo com a família, os policiais não deram nenhuma ordem de parada antes de dispararem contra o veículo. Inicialmente, os agentes defendiam a versão de que ouviram tiros e, por isso, atiraram contra o carro da família.
Segundo o superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, relato à TV Globo, os três agentes, uma mulher e dois homens, admitiram o equívoco durante depoimento. O caso é investigado internamente pela corporação e os policiais foram afastados.
O Ministério Público Federal (MPF) também abriu inquérito para apurar a ação dos agentes.