Polícia prende quadrilha que usava uniforme falso da Light para furtar cabos

No total, seis pessoas foram presas, incluindo um PM; grupo criminoso atuava desde 2019 no Centro do Rio

Criminosos usam roupas e veículos com a logomarca da concessionária
Criminosos usam roupas e veículos com a logomarca da concessionária -
Rio - A Polícia Civil prendeu, na madrugada desta quarta-feira (8), seis integrantes de uma quadrilha especializada no furto de cabos de energia subterrâneos no Centro do Rio. A quadrilha usava uniformes falsos da Light e veículos disfarçados com logomarcas da empresa.
Segundo a corporação, o bando atuava desde 2019 e apresentavam até ordens de serviço fraudulentas para não levantar suspeitas. A ação aconteceu após meses de investigações conduzidas pela Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD).

Além disso, um policial militar estava envolvido no esquema e é um dos presos. A Civil informou que ele atuava como segurança do grupo enquanto cometia os crimes. Ainda de acordo com as investigações, um dos integrantes presos em flagrante já estava respondendo em liberdade pela mesma prática criminosa.

No momento da abordagem, um dos criminosos foi visto saindo de um bueiro em uma das principais ruas do Centro, carregando cabos que haviam sido furtados instantes antes. Nos veículos utilizados pela quadrilha, os policiais encontraram toneladas de cabos de cobre, materiais de uso exclusivo da concessionária. Foram apreendidos aproximadamente 800 kg de material.

Segundo a Light, os cabos furtados eram responsáveis por alimentar pontos estratégicos e essenciais da cidade, como o Tribunal de Justiça e diversos hospitais. O furto colocou em risco o funcionamento de serviços essenciais que impactam diretamente a população.
A Light informou ainda que colaborou ativamente com as autoridades para que a quadrilha fosse identificada e presa. A concessionária repudiou veementemente qualquer ato de violência ou desvio de conduta.

"A empresa segue comprometida em zelar pela segurança da população e de seus colaboradores, atuando de forma ética e transparente em todas as suas operações", diz trecho da nota.

Os seis presos, incluindo o policial militar, foram autuados pelos crimes de furto qualificado e associação criminosa. As investigações continuam para identificar possíveis compradores do material furtado, além de outros envolvidos na organização.