Geral
Acusada de tentar matar a filha a facadas na noite de Natal é presa
Segundo as investigações, Francisca Camomilina Lopes de Souza deu dois golpes de faca no tórax da menina, de 12 anos, depois de uma discussão
Por Romulo Cunha
Publicado às 03/01/2025 22:54:33 Atualizado às 03/01/2025 22:54:33Rio - Francisca Camomilina Lopes de Souza, acusada de tentar matar a própria filha, de 12 anos, a facadas na noite de Natal, foi presa, nesta sexta-feira (3). Ela compareceu junto com o advogado na 1ª DP (Praça Mauá) após saber que estava sendo procurada pela polícia em endereços de familiares e amigos.
Segundo a Polícia Civil, Francisca procurou a delegacia que investigava o caso com o objetivo de prestar esclarecimentos, mas, como havia um mandado de prisão preventiva em aberto, expedido pela 1ª Vara Especializada em Crimes contra a Criança e Adolescente da Capital, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ), a prisão foi realizada.
De acordo com as investigações, a mãe teve uma discussão com a filha na noite do dia 25 de dezembro e, durante a briga, deu duas facadas no tórax da menina. A vítima foi socorrida e levada a um hospital, onde passou por uma drenagem nos pulmões e segue sob cuidados médicos.
A Polícia Civil informou que, após o crime, a mulher fugiu e passou a se esconder em diversos pontos do Rio. No dia 26 de dezembro, a juíza Nathalia Calil Miguel Magluta decretou a prisão preventiva da suspeita pelo crime de tentativa de homicídio.
"A genitora, após o cometimento das lesões contra sua filha, evadiu-se do local, sequer acionando o socorro. Depois, em contato telefônico com o genitor que se encontrava no Hospital, recusou-se a visitar a menor no local e a comparecer perante a autoridade policial, conforme se depreende do depoimento colhido. Tais elementos, somados à fortíssima probabilidade de autoria do delito, indiciam a presença dos demais requisitos cautelares à prisão preventiva requerida pela autoridade policial e pelo Ministério Público", escreveu a magistrada.
Além da prisão, Magluta também expediu medidas protetivas contra Francisca: proibição de aproximação da filha, de seus familiares, de testemunhas, de notificantes ou denunciantes em até 300 metros; proibição de contato com o grupo; e afastamento do lar onde morava com a filha.
A reportagem ainda não localizou a defesa da suspeita. O espaço está aberto para manifestação.