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Polícia Civil pede prisão de agente que matou assessor parlamentar na Barra da Tijuca

Marcelo dos Anjos Abitan da Silva foi assassinado na madrugada deste domingo (19)

Por O Dia

Publicado às 19/01/2025 21:55:13 Atualizado às 19/01/2025 21:55:13
Marcelo Abitan, de 49 anos, era assessor parlamentar e empresário
Rio - A Polícia Civil pediu a prisão do policial que matou a tiros o assessor parlamentar e empresário Marcelo dos Anjos Abitan da Silva, de 49 anos, em frente ao hotel Wyndham Rio Barra, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, na madrugada deste domingo (19).
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) identificou que o autor dos disparos é um agente da corporação após análises de imagens de câmeras de segurança da região. De acordo com a Civil, a especializada segue em diligências para localizar o suspeito.
"A Polícia Civil reforça que não compactua com quaisquer desvios de conduta, cometimento de crimes ou de abuso de autoridade praticados por seus servidores. A investigação está em andamento e seguirá obedecendo os trâmites da legislação vigente", disse em nota.
Marcelo, que trabalhava com a vereadora Vera Lins (Progressistas), teria sido atingido por ao menos cinco disparos ao discutir com o policial na entrada do hotel onde estava hospedado.
O assessor será enterrado na tarde desta segunda-feira (20) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste.
Discussão em estacionamento
Em depoimento na DHC, um sobrinho da vítima contou que Marcelo estava hospedado com a família no hotel Wyndham Rio Barra desde a virada do ano, como costumam fazer. O parente relatou que ouviu um barulho constante de buzina e, pouco depois, cinco disparos em uma sequência rápida. Da varanda, ele viu uma picape prata e um carro preto e desceu até a portaria junto com a namorada e o primo, acreditando que o tio poderia ter sido assaltado, já que ele estaria chegando do trabalho.
O trio chegou a voltar para o quarto ao ver a Polícia Militar e os bombeiros no local e acreditar que o caso não tinha relação com o assessor. Mas, pouco depois, ao descer outra vez, o sobrinho encontrou a mulher e o filho de Marcelo próximos ao corpo, na entrada do hotel. Na oitiva, ele disse ainda que um bombeiro civil do estabelecimento contou que houve uma discussão entre Abitan e o motorista de um carro que tentava entrar no estacionamento. Logo depois, o suspeito atirou.
No relato, o familiar afirmou que ouviu no local um policial dizendo que o autor dos disparos era um "colega". O jovem relatou também que, além da picape e o veículo do tio, viu um sedã preto atrás do assessor, que deixou o local em baixa velocidade pela Avenida Lúcia Costa, em direção ao condomínio Barramares.
Segundo o sobrinho, Marcelo era assessor parlamentar há muitos anos e, junto com a família, dono de uma loja em Madureira, na Zona Norte. Ele retornava do estabelecimento no dia do crime, após passar a madrugada recebendo mercadorias.
Abitan deixa a mulher e um filho, com quem comemorou recentemente a aprovação em Medicina no vestibular da Universidade do Estado do Rio (Uerj).
Em nota, a vereadora Vera Lins lamentou o caso. "Muito triste com o ocorrido. Marcelo era um homem de bem, que ajudava a quem precisava. Deixa esposa e um filho adolescente por causa da impaciência que toma conta das pessoas que se acham acima de qualquer situação. Uma pena, Deus conforte sua família."