Sem molezinha dentro das celas

Seap faz ação contra o uso de celular em presídios

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizou, ontem, uma operação contra o crime organizado dentro das cadeias do Rio. Dentre os alvos, estão lideranças das principais facções do estado. Na ação, foi realizado o bloqueio do sinal de celular em unidades selecionadas.

Os agentes atuaram nos presídios Gabriel Ferreira Castilho, Benjamin de Moraes e Alfredo Trajan, em Bangu. Nas celas, itens ilícitos já foram apreendidos. As ações tiveram início na última sexta-feira, quando foram apreendidos 64 aparelhos celulares e 1,8 Kg de drogas. Além disso, 35 presos foram isolados.

"A Seap vem trabalhando para desarticular a rede de comunicação desses grupos criminosos, por meio da Operação Chamada Encerrada, e agora realiza a Operação Strangulatio para puxar ainda mais a rédea curta com que vem controlando todo o sistema prisional", disse Maria Rosa Lo Duca Nebel, titular da Seap.

A Operação "Strangulatio" visa combater atividades ilícitas dentro do sistema prisional fluminense. Nos últimos anos, a secretaria intensificou a fiscalização em todas as unidades.

De 2021 para 2024, o número de visitantes flagrados tentando entrar com itens não permitidos aumentou 200% (de 24 para 72). Com eles foram apreendidos em suas partes íntimas, cerca de 25 kg de drogas. Além disso, apenas nos anos de 2023 e 2024, por meio da Operação "Chamada Encerrada", a Seap apreendeu 16 mil celulares (10 mil em 2024 e 6 mil em 2023) nas portas de entrada e no interior dos presídios.