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Jovem que teve corpo concretado morreu enforcada na noite do desaparecimento
Dois homens foram presos em flagrante
Por Meia Hora
Publicado às 14/03/2025 13:40:00 Atualizado às 14/03/2025 13:41:51Minas Gerais - Clara Maria Venancio Rodrigues, de 21 anos, que teve seu corpo concretado por um ex-colega de trabalho que tinha dívida de R$ 400 com ela, foi morta por enforcamento no último domingo (9), quando desapareceu. Os restos mortais da vítima foram encontrados na quarta-feira (12).
De acordo com a Polícia Civil, dois homens, de 27 e 29 anos, foram presos em flagrante. As investigações foram iniciadas quando a Divisão de Referência à Pessoa Desaparecida (DRPD) foi informada do sumiço.
"Acionamos o namorado da vítima, que foi entrevistado e nos repassou informações relevantes para que definíssemos que aquele era um desaparecimento criminoso", explicou o delegado responsável pela investigação, Alexandre Oliveira da Fonseca.
O suspeito de 27 anos, Thiago Schafer Sampaio, tinha uma dívida de R$ 400 com a vítima e, no dia do desparecimento da jovem, ele teria entrado em contato com ela e manifestado a intenção de pagá-la.
"A dívida foi contraída quando trabalharam juntos no mesmo estabelecimento, e usada como desculpa para que o suspeito pudesse encontrá-la na noite do crime. Um detalhe importante é que essa dívida não estava sendo cobrada pela vítima", ressaltou o delegado. Informações iniciais davam conta de que a jovem tinha cobrado o valor.
Na noite do crime, a mulher avisou ao namorado que iria se encontrar com o ex-colega de trabalho em frente a um supermercado na avenida Fleming e, depois, iria para casa. Como ela não retornou, o namorado, junto com os amigos que ambos tinham em conjunto, iniciaram as buscas. Eles também tentaram localizar o suspeito com o intuito de saber o paradeiro da jovem, mas sem sucesso.
Motivações
As investigações apontam que o objetivo do suspeito era atrair a vítima até a casa dele e lá roubar valores da sua conta bancária, por meio do celular dela. Entretanto, como ela resistiu, ele então decidiu enforcá-la até a morte.
"Durante as investigações, também descobrimos que a vítima já havido sofrido assédio sexual por parte do ex-colega de trabalho e não teria correspondido às investidas. Além disso, no dia 6 de março, ele teria encontrado com a vítima em um bar e tomado conhecimento de que ela estaria namorando, o que teria lhe deixado com muita raiva", acrescentou Fonseca.
Já o segundo suspeito, de 29 anos, é amigo do outro investigado. As apurações apontam que ele também já teria tido uma desavença com a vítima. "Esse suspeito tem adoração pelo nazismo e, durante uma conversa, a vítima o criticou por tal posicionamento, o que lhe causou profunda ira. Além disso, ele também tem interesse em necrofilia, o que pode indicar abuso sexual". Não foi esclarecida pela polícia a relação entre os dois.
"Todos esses fatores se juntam com a outra motivação, de roubo, e criam, infelizmente, este cenário para o crime", afirmou Alexandre.
Assim que os investigadores entraram na residência do principal suspeito, no bairro Ouro Preto, ele avistaram cimento fresco, onde foi feita uma leve escavação, tendo sido avistado parte do corpo de uma pessoa, que foi vinculado à vítima.
"Diante das provas, o suspeito afirmou que apenas ocultara o corpo e que o autor do homicídio seria seu amigo, o homem de 29 anos. Entretanto, as investigações apontam o contrário, o ex-colega da vítima é quem a enforca, e o amigo dele o ajuda na ocultação do corpo", esclareceu Fonseca.
Os suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional e podem responder judicialmente pelos crimes de homicídio qualificado, feminicídio e ocultação e destruição de cadáver.