O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e não tem previsão de alta para esta semana, anunciou a sua equipe médica nesta segunda-feira (14). O ex-chefe do Executivo passou por uma cirurgia considerada complexa, com uma duração de 12h.
A coletiva de imprensa foi realizada por Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica, os cardiologistas Leandro Echenique e Ricardo Camarinha, Guilherme Meyer, diretor Médico do Hospital DF Star e Allisson Barcelos Borges, diretor geral do Hospital DF Star.
A coletiva de imprensa foi realizada por Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica, os cardiologistas Leandro Echenique e Ricardo Camarinha, Guilherme Meyer, diretor Médico do Hospital DF Star e Allisson Barcelos Borges, diretor geral do Hospital DF Star.
Segundo o cardiologista Leandro Echenique, na manhã desta segunda, Bolsonaro já estava acordado, consciente e conversando com a equipe médica. "Já fez até uma piadinha", brincou.
Ao contrário do que publicou a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro no Instagram nesta segunda, o ex-presidente segue na UTI e ainda não foi levado ao quarto.
Bolsonaro chegou ao DF Star no último sábado (12), depois de ser transferido de Natal (RN). Segundo os médicos, o problema de saúde do ex-presidente está relacionado às múltiplas cirurgias realizadas desde a facada que sofreu em 2018, durante a campanha eleitoral em Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais.
Bolsonaro chegou ao DF Star no último sábado (12), depois de ser transferido de Natal (RN). Segundo os médicos, o problema de saúde do ex-presidente está relacionado às múltiplas cirurgias realizadas desde a facada que sofreu em 2018, durante a campanha eleitoral em Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais.
"Não houve nenhuma complicação, realmente foi o que era esperado. Um procedimento muito complexo. Agora nos cuidados pós-operatórios, quando há um procedimento muito prolongado como esse, o organismo do paciente acaba tendo uma resposta inflamatória muito importante, fica muito inflamado", disse o cardiologista Leandro Echenique.
"Isso pode levar a uma série de intercorrências. Aumenta o risco de algumas infecções, de precisar de medicamentos para controlar a pressão. Há um aumento do risco de trombose, problemas de coagulação do sangue. O pulmão, a gente acaba tendo um cuidado específico [...] Todas as medidas preventivas serão tomadas, por isso que ele se encontra na UTI neste momento", continuou.
De acordo com o chefe da equipe cirúrgica, Cláudio Birolini, Bolsonaro apresentou nos dias anteriores uma elevação dos marcadores de inflamação (PCR) e um quadro de distensão abdominal. Por isso, houve a recomendação de cirurgia. A intervenção ocorreu sem intercorrências e não houve necessidade de transfusão de sangue.
"Era um abdome hostil, múltiplas cirurgias prévias. Aderências causando um quadro de obstrução intestinal e uma parede abdominal bastante danificada em função da facada, das cirurgias prévias. Isso já antecipava que seria um procedimento bastante complexo e trabalhoso, apontou.
"Era um abdome hostil, múltiplas cirurgias prévias. Aderências causando um quadro de obstrução intestinal e uma parede abdominal bastante danificada em função da facada, das cirurgias prévias. Isso já antecipava que seria um procedimento bastante complexo e trabalhoso, apontou.
"A liberação dessas aderências é feita de forma milimétrica, praticamente. Você libera um intestino que tem três metros e meio, vai centímetro por centímetro. O intestino dele estava bastante, vamos dizer assim, sofrido. O que nos leva a crer que já vinha com esse quadro de uma suboclusão subclínica há alguns meses", observou.
Durante a cirurgia, os médicos identificaram que a obstrução intestinal era causada por uma dobra no intestino delgado, que dificultava o trânsito intestinal. O problema foi corrigido com a liberação das aderências.
"Já antecipo que não tenham grandes expectativas de uma evolução rápida. A gente precisa deixar o intestino dele descansar, desinflamar, retomar sua atividade para só depois pensar em realimentação por via oral, e daí para frente retomada de outras atividades", afirmou.
Durante a cirurgia, os médicos identificaram que a obstrução intestinal era causada por uma dobra no intestino delgado, que dificultava o trânsito intestinal. O problema foi corrigido com a liberação das aderências.
"Já antecipo que não tenham grandes expectativas de uma evolução rápida. A gente precisa deixar o intestino dele descansar, desinflamar, retomar sua atividade para só depois pensar em realimentação por via oral, e daí para frente retomada de outras atividades", afirmou.
O cirurgião-geral também disse que o grupo espera que não sejam necessárias novas cirurgias. Mas, em razão do quadro complexo do ex-presidente, não é possível dar certeza.
"Eu espero que não. Nós fizemos com a ideia de que fosse uma cirurgia definitiva, digamos assim. Naturalmente, novas aderências vão se formar. Isso é inevitável, um paciente que tem um 'abdome hostil', por mais que você solte tudo, essas aderências voltam a se formar", disse.
"Eu espero que não. Nós fizemos com a ideia de que fosse uma cirurgia definitiva, digamos assim. Naturalmente, novas aderências vão se formar. Isso é inevitável, um paciente que tem um 'abdome hostil', por mais que você solte tudo, essas aderências voltam a se formar", disse.