MPRJ cumpre mandados contra suspeita ligada ao 'Escritório do Crime' em inquérito sobre mortes ligadas ao jogo do bicho
Rio — O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriu, nesta segunda-feira (14), três mandados de busca e apreensão contra uma mulher investigada no inquérito que apura os assassinatos de José Luiz de Barros Lopes, conhecido como Zé Personal, e Jocimar Soares de Oliveira, o PH. Os dois foram executados a tiros em 2011.
Segundo o MPRJ, os homicídios estariam ligados a uma disputa por pontos do jogo do bicho e por máquinas caça-níqueis. A mulher, cuja identidade não foi revelada, é suspeita de ter atuado no levantamento de informações sobre as vítimas a serviço do grupo de extermínio conhecido como “Escritório do Crime”. De acordo com as investigações, ela teria ligação com Leonardo Gouvêa da Silva, o Mad, apontado como integrante da quadrilha.
As investigações também indicam envolvimento de outros dois criminosos já mortos: Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, e Luiz Carlos Felipe Martins, o Orelha. A ordem para os crimes teria partido do contraventor Bernardo Bello, atualmente foragido da Justiça.
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca da Capital, a pedido do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), e cumpridos nos bairros de Marechal Hermes e Quintino Bocaiúva, na Zona Norte do Rio. A operação contou com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MPRJ.
Crime e disputa familiar
Zé Personal e PH foram mortos dentro de um centro espírita na Praça Seca, Zona Oeste do Rio. José Luiz era casado com Shanna Garcia, filha de Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, e neta do bicheiro Miro Garcia.
Após o assassinato de Maninho — conhecido como o "Rei do Rio" — em 2004, o controle dos pontos da família no jogo do bicho teria passado para suas filhas, Shanna e Tamara Garcia. Os respectivos maridos da época, Zé Personal e Bernardo Bello, passaram a ocupar papéis centrais na disputa pelo domínio da organização.
José Luiz também era o principal sócio do Haras Garcia, em Macaé, no Norte Fluminense. Após sua morte, Shanna assumiu o controle do haras e chegou a vender cavalos sem o aval dos sócios minoritários, gerando um litígio judicial.
Em 2019, Shanna foi baleada na Avenida das Américas, no Recreio dos Bandeirantes. Segundo a polícia, ela foi atingida por disparos feitos por um ocupante de um carro que a seguia. Na ocasião, a empresária acusou o ex-cunhado Bernardo Bello de envolvimento no atentado.
Rio — O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriu, nesta segunda-feira (14), três mandados de busca e apreensão contra uma mulher investigada no inquérito que apura os assassinatos de José Luiz de Barros Lopes, conhecido como Zé Personal, e Jocimar Soares de Oliveira, o PH. Os dois foram executados a tiros em 2011.
Segundo o MPRJ, os homicídios estariam ligados a uma disputa por pontos do jogo do bicho e por máquinas caça-níqueis. A mulher, cuja identidade não foi revelada, é suspeita de ter atuado no levantamento de informações sobre as vítimas a serviço do grupo de extermínio conhecido como “Escritório do Crime”. De acordo com as investigações, ela teria ligação com Leonardo Gouvêa da Silva, o Mad, apontado como integrante da quadrilha.
As investigações também indicam envolvimento de outros dois criminosos já mortos: Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, e Luiz Carlos Felipe Martins, o Orelha. A ordem para os crimes teria partido do contraventor Bernardo Bello, atualmente foragido da Justiça.
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca da Capital, a pedido do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), e cumpridos nos bairros de Marechal Hermes e Quintino Bocaiúva, na Zona Norte do Rio. A operação contou com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MPRJ.
Crime e disputa familiar
Zé Personal e PH foram mortos dentro de um centro espírita na Praça Seca, Zona Oeste do Rio. José Luiz era casado com Shanna Garcia, filha de Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, e neta do bicheiro Miro Garcia.
Após o assassinato de Maninho — conhecido como o "Rei do Rio" — em 2004, o controle dos pontos da família no jogo do bicho teria passado para suas filhas, Shanna e Tamara Garcia. Os respectivos maridos da época, Zé Personal e Bernardo Bello, passaram a ocupar papéis centrais na disputa pelo domínio da organização.
José Luiz também era o principal sócio do Haras Garcia, em Macaé, no Norte Fluminense. Após sua morte, Shanna assumiu o controle do haras e chegou a vender cavalos sem o aval dos sócios minoritários, gerando um litígio judicial.
Em 2019, Shanna foi baleada na Avenida das Américas, no Recreio dos Bandeirantes. Segundo a polícia, ela foi atingida por disparos feitos por um ocupante de um carro que a seguia. Na ocasião, a empresária acusou o ex-cunhado Bernardo Bello de envolvimento no atentado.