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Veja como distribuir os pontos de tomada na casa

Por Edicase

Publicado às 26/07/2024 18:18:55
Os pontos de tomada são fundamentais para a funcionalidade de cada ambiente (Imagem: Guilherme Pucci | Projeto: BMA Studio)

O planejamento elétrico da casa em uma reforma ou construção é fundamental para a segurança dos moradores e comodidade no dia a dia. Escolher da forma correta onde serão colocadas as tomadas fará diferença na organização e funcionalidade dos ambientes. Pensando nisso, o arquiteto Bruno Moraes, à frente do escritório de arquitetura BMA Studio, compartilha orientações sobre como estruturar adequadamente a distribuição de tomadas.

“É muito comum vermos casas com instalações realizadas por ‘conhecidos de conhecidos’, de forma improvisada ou que não seguem as normas de segurança estabelecidas. Essa prática resulta em sobrecargas, curtos-circuitos e até incêndios, colocando em risco a vida dos ocupantes. Por isso, o projeto concebido por um profissional é um investimento que compensa, pois ratifica a tranquilidade aos moradores e evita futuras dores de cabeça”, ressalta o profissional.

São necessários quantos pontos de tomada em um cômodo?

A resposta, segundo Bruno Moraes, é que não existe uma quantidade correta de tomadas, e o fator determinante está nas particularidades do ambiente e nas necessidades listadas. Assim, é preciso analisar o que cada espaço pede, quantos eletrodomésticos e outros equipamentos elétricos serão considerados e as possibilidades de uso em cada local. 

“Trabalhamos com uma premissa inspirada em um dito popular: ‘é melhor sobrar do que faltar'”, enfatiza. Todavia, enquanto esse pensamento faz sentido para a distribuição de pontos em salas, cozinhas e livings, o mesmo não se aplica em banheiros e lavabos – locais com menor necessidade do item. “Embora a arquitetura nos indique uma referência, a medida certa está na rotina que o morador almeja para o imóvel”, complementa.

Evitando imprevistos

Ainda na fase de projeto, a posição e a quantidade precisam ser estudadas na planta baixa, bem como alturas, deslocamentos, amperagem e localização do mobiliário, entre outras definições, para não ocorrer nenhum imprevisto durante a obra. Paralelamente, é imprescindível preparar uma lista com todos os eletrônicos e seus locais para saber onde cada componente ficará.

Junto a isso, há ainda as “tomadas de uso geral” colocadas não propriamente para um determinado eletrônico – casos dos carregadores de celular ou aspiradores de pó. “Elas são úteis para facilitar a ação no dia a dia e não necessariamente para estarem conectadas de forma contínua”, explica o arquiteto.

capacidade máxima de corrente elétrica que um circuito ou ponto de tomada pode suportar com prudência. Veja:

  • Tomadas de 10A: são comumente especificadas para dispositivos de baixa potência, como abajures, carregadores de celular, rádios e outros aparelhos pequenos;
  • Tomadas de 20A: com capacidade de corrente maior, são projetadas para suportar dispositivos de elevada potência como micro-ondas, ar-condicionado, máquinas de lavar e secar roupa, entre outros.

Uma dica pertinente compartilhada pelo profissional é prever tomadas de parede com 20A em cozinhas, lavanderias, banheiros e lavabos, pois a maioria dos equipamentos desses ambientes exige uma abertura maior para o encaixe dos plugs de geladeira, micro-ondas, forno, cafeteira, secador de cabelo etc. A precaução evita que os moradores recorram aos tradicionais adaptadores, que não são aconselhados por arquitetos e eletricistas.

Por Emilie Guimarães

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