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Veja como o horário de verão pode impactar o sono

Por Edicase

Publicado às 30/09/2024 16:30:47
O horário de verão pode afetar a qualidade do sono, principalmente nos primeiros dias de adaptação (Imagem: Red Cristal | Shutterstock)

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), ligado ao Ministério de Minas e Energia, recomendou o retorno do horário de verão em 2024. Caso a proposta seja adotada, os brasileiros terão que adiantar os relógios em uma hora após o segundo turno das eleições municipais, em 27 de outubro.

Do ponto de vista do órgão, a volta do horário de verão surge como uma estratégia para otimizar o uso de energia solar. Enquanto isso, especialistas em saúde orientam que as pessoas observem como a mudança pode afetar a qualidade do sono.

Grupos vulneráveis e adaptação

Segundo a neurologista Aline Vieira Scarlatelli Lima Bardini, professora de Medicina na UniSul/Inspirali (ecossistema de educação em saúde) e especialista em Medicina do Sono, a mudança pode afetar a qualidade do sono, especialmente nos primeiros dias de adaptação. “A perda de uma hora de sono pode gerar sonolência diurna, irritabilidade e mau-humor em pessoas mais sensíveis à mudança”, explica. 

Ela ressalta que, embora a maioria das pessoas consiga se ajustar ao novo horário após alguns dias, os efeitos podem ser mais acentuados para quem tem maior sensibilidade ao sono. No entanto, a médica destaca que, por ser uma alteração temporária, dificilmente haverá prejuízos a longo prazo se o ritmo do sono for ajustado de forma adequada.

Grupos específicos, como crianças, adolescentes e idosos, tendem a sentir mais os efeitos dessa alteração. “Os extremos da vida são os que mais sofrem com mudanças no ritmo circadiano. Nessas fases, o impacto no sono tende a ser maior”, afirma a especialista. 

A perda crônica de sono pode levar à Síndrome do Sono Insuficiente, causando problemas de saúde a longo prazo (Imagem: Ground Picture | Shutterstock)

Sobre o horário de verão

O horário de verão visa principalmente reduzir o uso de usinas termelétricas, deslocando o pico de consumo para um horário com maior incidência de luz solar, o que poderia aliviar o uso de fontes de energia mais caras e poluentes. A decisão final, no entanto, ainda depende do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com o adiantamento dos relógios, o consumo de energia elétrica durante o fim da tarde, um dos momentos de maior demanda, seria atendido por uma maior oferta de luz solar. Isso evitaria o acionamento de usinas termelétricas, que além de poluir mais, aumentam os custos operacionais do sistema energético.

Por Carol Passos

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